Produtores vão segurando a pressão no boi e acendem uma luz para romper o teto logo mais

Apesar de não andar para cima, se aproveitando da entressafra como já seria o normal, o boi gordo também se garante em estabilidade. Os frigoríficos alongaram a programação de abate nas últimas duas semanas, mas não conseguiram pressionar para baixo as cotações.
Entre R$ 318 e R$ 319 é a média para São Paulo, seguindo as referências da Agrifatto e Balizador GPB Datagro, além do indicador Cepea.
Assim tem andado há dias.
Por enquanto, a fragilidade do mercado consumidor interno anula a total ausência de gado pronto, que, sob um rebanho brasileiro já mais enxuto, escasseou com a seca das pastagens, mais adiantada este ano, e depois as geadas.
Mas essa queda de braço com pecuaristas que ainda conseguem segurar animais – fora os grandes confinamentos -, apesar da dificuldade de ração barata e farta, lança uma luz positiva na medida que agosto vai chegando ao final.
Se os preços não foram achatados demasiadamente, podem conseguir escapar para cima com o pico da entressafra começando a chegar, sem perspectivas de chuvas antes de novembro, e diante da possibilidade que alguns pecuaristas enxergam de começar a acabar os animais contratados a termo (dos confinamentos).
A oferta ficará mais ajustada ainda e o teto pode ser rompido, mesmo sem perspectivas de melhora do varejo.