Produtores surfam corrida da celulose, com ação a disparar até 35%
A dinâmica do mercado de celulose está melhorando no ritmo mais rápido de todos os tempos em 2021, com sólido crescimento da demanda e oferta restrita, avalia a Ágora Investmentos.
A China, em particular, está registrando taxas de operação mais altas, enquanto ocorre a substituição da fibra.
“Os atuais preços futuros da celulose de fibra longa apontam para preços de aproximadamente US$ 1 mil por tonelada em abril, implicando em espaço potencial para novos aumentos, provavelmente apoiando os preços da celulose de fibra curta — que podem chegar a US$ 800”, sublinham os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi.
Especificamente no mercado têxtil, a dupla acredita que as chances de a Suzano (SUZB3) converter uma de suas fábricas de celulose (provavelmente Jacareí) em celulose solúvel estão aumentando.
“A companhia está disposta a aumentar a exposição a tendências sustentáveis, que podem impulsionar a diversificação de receita com retornos atraentes, como, por exemplo, o mercado têxtil”, sinalizam os especialistas que assinam o relatório a clientes.
Ainda dentro do setor, a demanda por produtos de papel e embalagem é muito forte no Brasil e no exterior, podendo a Klabin (KLBN11) implementar aumentos de preços acima da inflação no mercado interno no curto prazo, segundo a casa de análises.
A Ágora enfatiza que que o ciclo da celulose ainda segue em alta, com os preços subindo ao longo do ano em um ritmo muito maior do que o esperado.
Veja a seguir as recomendações para as ações da Klabin e da Suzano, com referência no valor de fechamento do dia 4 de março:
Empresa | Ticker | Recomendação | Preço-alvo (R$) | Valorização (%) |
---|---|---|---|---|
Klabin | KLBN11 | Compra | 38 | 25 |
Suzano | SUZB3 | Compra | 100 | 35 |