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Produtores de soja do Brasil colhem 1,7% da área e chuvas afetam o trabalho

17 jan 2022, 10:12 - atualizado em 17 jan 2022, 10:12
Soja
O governo estima que o Brasil tenha semeado uma área de soja de 40,3 milhões de hectares (99,58 milhões de acres) nesta temporada (Imagem: Reuters/Roberto Samora)

A colheita de soja do Brasil em 2022 atingiu 1,7% da área estimada em meio a atrasos no centro e norte do país causados ​​por fortes chuvas, disse nesta segunda-feira a consultoria Pátria Agronegócios.

Ainda assim, o ritmo está à frente do ano passado, quando a oleaginosa foi plantada mais tarde por falta de umidade do solo na janela ideal de semeadura.

Em 2021, apenas 0,22% da área estimada de soja do Brasil havia sido colhida neste período. A média de cinco anos é de 1,49%, disse a Pátria Agronegócios.

Uma queda esperada nos níveis de precipitação e a perspectiva de céu aberto ajudarão a colheita de soja no Brasil a evoluir mais rapidamente a partir da próxima semana, especialmente nos Estados do Centro-Oeste, acrescentou a consultoria.

O governo estima que o Brasil tenha semeado uma área de soja de 40,3 milhões de hectares (99,58 milhões de acres) nesta temporada.

Em outro comunicado, a consultoria AgRural estimou que 1,2% da área de soja já tenha sido colhida até agora, contra 0,4% em 2021.

“O trabalho está um pouco mais lento do que o inicialmente esperado devido às chuvas em partes do Mato Grosso”, disse a AgRural, referindo-se ao maior produtor de grãos do Brasil.

Houve relatos de grãos danificados por causa do excesso de umidade no meio-norte do Mato Grosso, mas o problema não é generalizado, disse a AgRural.

A produtividade está boa no Estado, com alguns agricultores coletando 72 sacas de 60 kg por hectare no oeste, de acordo com a AgRural.

No Paraná, a colheita continua no oeste e sudeste, onde o impacto da seca prejudicou mais a safra, reduzindo a produtividade. Em algumas propriedades, os rendimentos diminuíram para apenas três sacas por hectare, disse a AgRural.

No Rio Grande do Sul, outro grande produtor, a colheita ainda não começou. Mas a onda de calor na região agravou a situação dos campos, e os produtores estão “aguardando com ansiedade a confirmação das chuvas”, disse a AgRural.

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