Produtores buscam preços da soja no dólar mais alto e repique na CBOT; precisa ver se funciona
Enquanto a soja transita em alta, ainda insegura, nas últimas três sessões da CBOT (Chicago), porém distante dos preços de outros períodos, os negociantes brasileiros buscam aproveitar esse repique com o suporte do dólar.
A divisa americana avançou 0,60% na terça, fechando a R$ 5,27, já a cotação de agosto em Chicago subiu 1,77% (US$ 15,56), e agora, 8h30 (Brasília), está com incremento de aproximadamente 0,50% (US$ 15,63).
Para agosto, pico da entressafra combinada entre a nova safra brasileira, a ser plantada só a partir de setembro, e a dos Estados Unidos, que começa a ser colhida também no mês 9, os preços nos portos e no interior do Brasil mostraram altas.
Não há informações consistentes se os compradores acertaram bons volumes, mas os pedidos dos produtores chegaram a R$ 196 a saca na terça, cerca de R$ 2 a mais.
No Oeste do Paraná, por exemplo, os prêmios também foram puxados de R$ 1 a R$ 2.
O câmbio pressionando o real implica em vantagem para o importador e em desvantagem para o mercado interno.
Se as margens dos processadores chineses melhorarem, a corrida para a soja brasileira deverá ser boa, mesmo antes de findar os bons estoques supridos para os próximos dois a três meses com o grão americano, calculam alguns traders.
Para a atual temporada, com base no plantio do concorrente do Brasil, a piora da qualidade das lavouras – como também das do milho – pelo clima quente e seco, segundo o USDA, tem ajudado a dar o apoio dos últimos dias.
Mas há notícias de que as chuvas devem voltar logo mais e tem muitas áreas com plantação mais tardia que devem se aproveitar, o que pode ser fator de retomada de pressão sobre as cotações.
Sem descartar a insegurança pairando sobre as economias globais, ante risco anunciado de recessão, trazendo novas ondas de fuga de recursos dos ativos de risco.
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