Produtora de ‘Call of Duty’ pagará US$ 35 mi para encerrar acusações da SEC nos EUA
A Activision Blizzard concordou em pagar 35 milhões de dólares para encerrar acusações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) de que não dispunha de sistemas para lidar adequadamente com reclamações de funcionários, bem como violava regras de proteção aos denunciantes, disse o regulador nesta sexta-feira.
A comissão disse que a empresa sabia que os problemas de retenção de funcionários eram “um risco particularmente importante em seus negócios”, mas não tinha medidas adequadas para gerenciar reclamações de má conduta no local de trabalho entre 2018 e 2021.
“A Activision Blizzard falhou em implementar os controles necessários para coletar e analisar reclamações de funcionários sobre má conduta no local de trabalho, o que a deixou sem meios para determinar se existiam problemas maiores que precisavam ser divulgados aos investidores”, disse Jason Burt, chefe do escritório da SEC em Denver, em comunicado.
A empresa, que produz o popular jogo “Call of Duty”, também exigiu que funcionários entre 2016 e 2021 lhe informassem caso a SEC os contatasse para obter informações – uma violação das regras de proteção aos denunciantes, disse a agência no comunicado.
Representantes da Activision Blizzard, que não admitiram nem negaram as acusações da SEC, disseram em comunicado que estavam “satisfeitos por ter resolvido amigavelmente este assunto”. Além disso, afirmaram que “melhoraram” a comunicação de denúncias no espaço de trabalho e linguagem contratual.
A desenvolvedora e produtora de games encerrou anteriormente um processo da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA que alegava discriminação sexual generalizada.
A empresa demitiu várias pessoas após alegações generalizadas de assédio sexual e outras más condutas. O conselho da Activision disse que não encontrou nenhuma evidência sugerindo que os executivos seniores ignoraram intencionalmente e tentaram minimizar os problemas.