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Produtor do Paraná vê queda para soja, mas consegue melhor janela para o milho em 10 anos

18 mar 2024, 17:23 - atualizado em 18 mar 2024, 17:23
soja produtor rural
Apesar do bom momento de cultivo para o milho, o produtor rural afirma que as perdas para a cultura não foram descartadas (Foto: Kleber Baccarin)

Kleber Baccarin, produtor rural em Assis Chateaubriand no estado do Paraná, a quase 600 quilômetros da capital Curitiba, enfrenta problemas na sua produção de soja e milho.

O produtor, que semeou 1.000 hectares com a oleaginosa, viu sua soja sofrer com as temperaturas elevadas, o que reduziu sua produtividade para 63 sacas por hectare (sc/ha), 5% abaixo do ano passado. Uma variedade da oleaginosa em específico sofreu com as maiores temperaturas, com o produtor colhendo apenas 48 sacas em uma área de 180 hectares.

“A soja de final de ciclo teve uma incidência bem grande de ferrugem na região, derrubando as médias dos produtores que acabaram plantando mais tarde esta cultura. Nós saímos desse gargalos, já plantamos cedo nossas áreas e aplicamos quatro vezes fungicidas”, explicou Baccarin ao Agro Times.

Quanto ao milho, que teve seu plantio iniciado em janeiro e finalizado em 27 de fevereiro, o produtor conseguiu sua melhor janela de plantio em 10 anos.

“Nas áreas plantadas em janeiro, as chuvas foram generosas e o milho já está uma parte pendoado e outra em fase de pendoamento. Acreditamos que, com mais umas duas chuvas, estes milhos terão uma produtividade superior à do ano passado, que foi de 170 scs/ha. Já com os híbridos plantados em fevereiro, tivemos poucas chuvas, o que está nos deixando bastante preocupados com o desenvolvimento final da cultura”, discorreu.

Em janeiro, foram cultivados 500 hectares com milho. Em fevereiro, foram plantados 800 hectares com o grão. “Por outro lado, se a seca persistir, não vamos ultrapassar a produtividade de 140 sc/ha do ano passado, que foi nosso recorde”, pontua.

Por fim, Baccarin ressalta os problemas com os preços das commodities na comparação com o último ciclo. “A diferença de receita é muito grande e a margem segue totalmente achatada quando pensamos em agricultura, além dos riscos grandes de perdas para as lavouras”, concluiu.

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