Economia

Produção manufatureira dos EUA tem queda inesperada em maio

17 jun 2022, 10:37 - atualizado em 17 jun 2022, 12:05
A fraqueza na produção também reflete um redirecionamento nos gastos de bens para serviços (Imagem: REUTERS/Charles Mostoller)

A produção nas fábricas dos Estados Unidos caiu inesperadamente em maio, no mais recente sinal de arrefecimento da atividade econômica, à medida que o Federal Reserve aperta agressivamente sua política monetária na tentativa de controlar a inflação.

O primeiro declínio na produção manufatureira desde janeiro, conforme dados divulgados pelo Fed nesta sexta-feira, seguiu notícias desta semana de uma queda nas vendas no varejo no mês passado, bem como declínios acentuados na construção de casas e emissão de alvarás.

A fraqueza na produção também reflete um redirecionamento nos gastos de bens para serviços.

“Isso se soma às evidências de que a economia está desacelerando”, disse Andrew Hunter, economista sênior da Capital Economics. “Mas ainda há poucos dados de atividade para sugerir que uma recessão está no horizonte ou para dissuadir o Fed de avançar com um aperto mais agressivo da política monetária.”

A produção manufatureira caiu 0,1% no mês passado, após alta de 0,8% em abril.

Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,3%.

A produção aumentou 4,8% em relação a maio de 2021.

A manufatura, que responde por 12% da economia dos EUA, tem sido sustentada pela forte demanda por bens.

Mas os gastos estão gradualmente migrando para os serviços, conforme a guerra da Rússia contra a Ucrânia e a política de tolerância zero à Covid-19 da China prejudicam ainda mais as cadeias de suprimentos.

Um dólar forte como resultado do aumento dos juros pode tornar as exportações dos EUA mais caras.

O banco central dos EUA elevou sua taxa básica de juros num total de 1,50 ponto percentual desde março deste ano.

“A atividade manufatureira provavelmente enfrentará obstáculos de curto prazo devido aos deslocamentos da cadeia de abastecimento provocados pela guerra na Ucrânia e pela política da Covid na China”, disse Rubeela Farooqi, economista-chefe para EUA da High Frequency Economics.

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(Atualizada às 12:05)

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