Brasil

Produção industrial no Brasil cresce 0,3% em maio, abaixo do esperado

05 jul 2022, 9:13 - atualizado em 05 jul 2022, 9:52
produção industrial
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial aumentou 0,5% (Imagem: Shutterstock/Nataliya Hora)

A produção industrial do Brasil seguiu apresentando crescimento moderado na metade do segundo trimestre, abaixo do esperado e sem recuperar as perdas do início do ano, ainda tentando pisar no acelerador em meio à inflação elevada e problemas persistentes de oferta.

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio na comparação com o mês anterior, acumulando no período alta de 1,8%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção aumentou 0,5%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de avanço de 0,7% na variação mensal e de 1,1% na base anual.

A indústria brasileira vem apresentando seguidos resultados positivos, porém a taxas moderadas que evidenciam a dificuldade de superar obstáculos como a inflação e juros altos no país, bem como problemas persistentes nas cadeias de oferta em meio à guerra na Ucrânia.

Além disso, os custos seguem elevados, e o setor está 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

“Ainda permanecem a restrição de acesso das empresas a insumos e componentes para a produção do bem final e o encarecimento dos custos de produção. Várias plantas industriais prosseguem realizando paralisações, reduções de jornadas de trabalho e concedendo férias coletivas, com a indústria automobilística exemplificando bem essa situação nos últimos meses”, explicou a André Macedo, gerente da pesquisa industrial mensal do IBGE.

Segundo ele, o sinal positivo vem se mantendo graças às medidas de incremento da renda implementada pelo governo, além da evolução do mercado de trabalho com redução da taxa de desemprego.

O mês de maio apontou resultado positivo em três das quatro grandes categorias econômicas, registrando o maior salto em Bens de Capital, de 7,4%.

Bens de Consumo Duráveis apontaram aumento de 3,0% na produção, enquanto os Bens de Consumo Semi e não duráveis tiveram alta de 0,8%. O resultado negativo veio de Bens Intermediários, cuja fabricação recuou 1,3% na comparação com abril.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de máquinas e equipamentos (7,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,7%), após recuos em abril.

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