Economia

Produção industrial do Brasil cresce 0,5% em fevereiro e acumula segunda alta seguida

01 abr 2020, 9:30 - atualizado em 01 abr 2020, 9:30
Bandeira do Brasil
É o segundo avanço do Brasil após uma queda importante nos dois últimos meses de 2019, observa o gerente da pesquisa  (Imagem: Pixabay)

A produção industrial brasileira cresceu pelo segundo mês consecutivo, apresentando aumento de 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (1) pelo IBGE.

A atividade industrial de janeiro foi revisada de 0,9% para 1,2% frente a dezembro, acumulando 1,6% de crescimento nos dois primeiros meses de 2020, nessa base de comparação.

“É o segundo avanço após uma queda importante nos dois últimos meses de 2019. Mas o saldo desse período ainda é negativo, pois os resultados de novembro e dezembro acumulam -2,5%”, observa o gerente da pesquisa, André Macedo.

Dentre os 26 ramos da atividade industrial pesquisados, 15 mostraram resultados positivos. Destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%) e outros produtos químicos (2,6%), ambos crescendo pelo segundo mês seguido. Também contribuíram para o resultado da pesquisa de fevereiro: produtos alimentícios (0,6%), celulose, papel e produtos de papel (2,4%), farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%) e borracha e material de plástico (2,1%).

“Automóveis e caminhões ajudam a explicar esse resultado no começo do ano, depois da perda do ano passado. Houve férias coletivas em novembro e dezembro, e com a volta da produção nos primeiros meses de 2020, é natural que representem impulso de crescimento”, explica André.

Entre os ramos que tiveram produção reduzidas, o principal foi coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que interrompeu três meses de expansão e caiu 1,8% em fevereiro.

Entre os ramos que tiveram produção reduzidas estão os produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Também impactaram negativamente na produção industrial de fevereiro os ramos de equipamento de informática, eletrônicos e ópticos (-5,8%) e outros equipamentos de transporte (-8,7%).

Para André, a queda da produção na informática pode ter influência da pandemia do novo coronavírus. “Alguns segmentos podem ter sido impactados pela situação da China, principalmente aqueles que trabalham com matéria-prima importada e comércio internacional, como é o caso da informática”, analisa.

Dentre as quatro grandes categorias econômicas pesquisadas, duas apresentaram aumento: bens de capital (1,2%) e bens intermediários (0,5%). Já bens de consumo duráveis e bens de consumo semi e não duráveis tiveram queda de 0,7% e 0,2%, respectivamente.

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Comparação com 2019

Com relação ao mesmo mês de 2019, a produção industrial recuou 0,4%, o que representa o quarto mês de resultado negativo seguido na comparação entre anos.

Entretanto, fevereiro teve a menor queda do período. Dessa forma, o acumulado de janeiro e fevereiro de 2020 frente ao mesmo bimestre de 2019 é de -0,6%. Já o acumulado dos últimos 12 meses da produção industrial apresenta recuo de 1,2%.

(Com Agência IGBE de Notícias)

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