Produção industrial cai em setembro, após quatro altas seguidas
Em setembro, a produção industrial brasileira caiu para 49 pontos, de 54,5 pontos registrados em agosto. É a primeira queda do indicador Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), depois de quatro altas seguidas.
As empresas se mostraram menos otimistas para o mês de outubro, em relação aos próximos seis meses, com queda das expectativas de demanda pelos produtos, de exportação, de compra de insumos e de contratação de empregados.
A elevada carga tributária se mantém na segunda colocação entre os principais problemas do setor industrial, atingindo 32,8% das empresas no terceiro trimestre. As taxas de juros elevadas e a demanda interna insuficiente, que atingem 24,9% e 24,7% das empresas, respectivamente.
Os indicadores que medem a satisfação com o lucro operacional, a satisfação com as condições financeiras das empresas e a facilidade de acesso ao crédito avançaram, respectivamente, 1,9 ponto, 1,9 ponto e 2,6 pontos.
Matéria-prima
A falta ou o alto custo da matéria-prima se mantém há mais de dois anos como o maior problema enfrentado pelo setor industrial.
No entanto, no terceiro trimestre, o problema foi bem menos sinalizado pelos empresários, atingindo 38,1% das empresas, 14,7 pontos percentuais abaixo do segundo trimestre, quando atingia 52,8% das empresas. Tanto que o preço médio das matérias-primas desacelerou no período, alcançando o menor patamar desde o período pré-pandemia.
O indicador de evolução do preço de matérias-primas ficou em 56,2 pontos entre julho e setembro deste ano, uma queda de pouco mais de dez pontos em relação a abril e junho, quando registrou 66,9 pontos.
Emprego
A pesquisa também mostra que o emprego na indústria avançou pelo quinto mês consecutivo, sendo que o índice de evolução do número de empregados ficou em 51,4 pontos.
O resultado ficou acima da linha divisória de 50 pontos, que separa aumento de queda do emprego industrial.
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