Produção e exportação de açúcar da Índia podem ter salto em 2020/21, diz associação
A produção de açúcar da Índia no próximo ano comercial pode saltar em 12% na comparação com o ano anterior, à medida que agricultores da segunda maior região produtora do país, o Estado de Maharashtra, ampliam a área plantada com cana-de-açúcar, disse uma entidade comercial local nesta quinta-feira.
O crescimento na produção pode forçar Nova Délhi a ampliar os incentivos para vendas externas de açúcar na nova temporada, afetando os preços globais do adoçante, já pressionados pela crescente produção do Brasil.
A fabricação de açúcar da Índia pode atingir 30,5 milhões de toneladas no ano comercial que se inicia em 1º de outubro, ante 27,2 milhões de toneladas na atual temporada, disse a Associação das Usinas de Açúcar Indianas (ISMA, na sigla em inglês) em comunicado.
Maharashtra deve produzir 10,13 milhões de toneladas, versus 6,16 milhões de toneladas neste ano, diante de uma expansão de cerca de 43% na área cultivada, disse a entidade.
Anos de safras abundantes de cana e produção recorde de açúcar afetaram as cotações do produto na Índia, dificultando os pagamentos das usinas aos agricultores, que formam um influente bloco político.
Para reduzir essa dívida e reduzir os crescentes estoques, o governo indiano aprovou um subsídio de 10.448 rúpias (138,29 dólares) por tonelada para exportações de 6 milhões de toneladas na temporada 2019/20.
Mesmo no próximo ano comercial, a “Índia vai continuar exportando cerca de 6 milhões a 7 milhões de toneladas do excedente de açúcar”, ante embarques recordes de 5,2 milhões de toneladas nesta temporada, disse a ISMA.
Na atual temporada, as exportações devem atingir um recorde de 5,2 milhões de toneladas segundo estimativas da entidade.