Petróleo

Produção de petróleo em regime de partilha aumentará mais de 4 vezes até 2030, diz PPSA

29 nov 2022, 11:12 - atualizado em 29 nov 2022, 11:12
Produção de petróleo
“Caso não haja novos contratos em partilha de produção, é esperado um declínio desse volume para os dois anos seguintes, chegando a 2032 com 2,5 milhões de bpd”, disse a PPSA (Imagem: REUTERS/Bruno Kelly)

A produção média de petróleo no pré-sal sob regime de partilha alcançará 2,9 milhões de barris por dia (bpd) em 2030 considerando contratos existentes, ante os atuais 668 mil bpd, apontou estudo da estatal PPSA nesta terça-feira.

O montante projetado, segundo a companhia que representa a União nos contratos de partilha de produção, representará mais da metade da produção nacional de petróleo e cerca de dois terços do total produzido no pré-sal naquele ano.

“Caso não haja novos contratos em partilha de produção, é esperado um declínio desse volume para os dois anos seguintes, chegando a 2032 com 2,5 milhões de bpd”, disse a PPSA.

“De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 7,7 bilhões de barris produzidos.”

A PPSA destacou que a parcela da produção diária destinada à União, calculada a partir da alíquota de oferta de excedente em óleo da União de cada contrato e do limite de recuperação de custo em óleo de cada área, também apresentará crescimento contínuo até 2031, com leve declínio em 2032.

O melhor ano da parcela da União, segundo a estatal, será o de 2031, quando a produção alcançará 920 mil bpd, mais de 40 vezes o volume da produção média diária da União em 2022 (22 mil bpd na média de janeiro a setembro).

“A produção prevista para a União em 2031 é comparável à produção atual do Reino Unido e superior à de países como Colômbia, Argentina e Venezuela”, afirmou.

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Recursos financeiros

A estatal projetou ainda que os contratos em vigor de partilha de produção vão contribuir com cerca de 344 bilhões de dólares para os cofres públicos nos próximos dez anos, sendo 157 bilhões apenas com a comercialização do petróleo da União.

Os demais recursos virão do pagamento de royalties e dos tributos recolhidos pelas empresas produtoras.

Para desenvolver esses contratos, a indústria investirá cerca de 72,5 bilhões de dólares ao longo do período estudado, disse a PPSA. O pico de investimentos está previsto para 2028, quando serão aplicados 11,3 bilhões de dólares.

O estudo estima que serão demandados 21 novos FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e 319 poços.

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