Produção de milho da Argentina deve ficar abaixo de 48 mi t em meio à seca, diz bolsa
A produção argentina de milho para a safra 2021/22 deve ficar abaixo da projeção de 48 milhões de toneladas, devido à queda na produtividade das lavouras causada por uma forte seca, informou a Bolsa de Comércio de Rosário nesta sexta-feira.
A entidade, localizada em um dos maiores polos agroexportadores do mundo, cortou em 1,5 milhão de toneladas a estimativa de colheita para Rosário, área de maior produção do país, para 12,8 milhões de toneladas.
Durante o plantio, a bolsa chegou a estimar que a principal zona agrícola da Argentina colheria 19,2 milhões de toneladas de milho nesta temporada. A bolsa também disse que novas revisões ainda não estão descartadas.
“A colheita está confirmando o quão violento foi o incomum impacto climático. A estimativa desta semana mostra que 33% da produção inicialmente esperada foi perdida”, disse a bolsa de Rosário na quinta-feira.
A produtividade de milho deve atingir seu menor nível em 10 anos devido à falta de chuva e às altas temperaturas observadas no final de dezembro e início de janeiro, disse a bolsa.
A produção de soja da Argentina, que também foi atingida pela seca, foi estimada em 40,5 milhões de toneladas nesta temporada.
O país sul-americano é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja e um dos principais exportadores de milho.