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Produção da Vale é recorde no 2º trimestre

16 jul 2018, 15:05 - atualizado em 16 jul 2018, 15:05

Por Arena do Pavini – A Vale (VALE3) anunciou hoje que a produção de minério de ferro no segundo trimestre deste ano atingiu 96,8 milhões de toneladas (Mt), um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Esse é um patamar recorde de produção para um segundo trimestre do ano, segundo a empresa. A mineradora anunciou vendas de 73,3 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre, um crescimento de 5,3% ano/ano.

Segundo o BTG Pactual, a Vale relatou um relatório de sólida produção em meio a condições operacionais desafiadoras no Brasil, dada a greve dos caminhoneiros. A produção de minério de ferro de 96,8 Mt, 18% maior que no trimestre anterior, superou a expectativa do banco, de 92 Mt, mas ficou perto do consenso do mercado. “Ficamos satisfeitos em ver a Vale manter seu guidance de minério de ferro de 390 Mt em 2018 (em linha com nossa modelagem) e buscar cada vez mais seu valor sobre a estratégia de volume, com a empresa gerenciando seu portfólio de alta qualidade/qualidade de forma impressionante”, diz o relatório, assinado pelos analistas Leonardo Correa e Gerard Roure.

Durante o segundo trimestre, a Vale conseguiu embarcar 77% dos produtos de minério de ferro premium (ante 68% no primeiro trimestre), o que ajudará nos resultados do trimestre e compensará em parte a queda de 12% na média dos preços do minério de ferro.

O relatório de produção também agradou os analistas, que destacam os prêmios de qualidade em máximas de vários anos e sinais tranquilizadores do esforço da China para melhorar a qualidade do ar. “Acreditamos que o caso do investimento continua sendo convincente. Recomendamos aos investidores que comprem a Vale nos níveis atuais”, diz o relatório.

Avaliando a Vale a partir de uma projeção de preços do minério de ferro abaixo de US$ 60 por tonelada, para fornecer rendimentos acima de 10%, a Vale segue uma oportunidade atraente de investimento no setor, diz o banco BTG Pactual. O banco estima que a mineradora está sendo negociada por um preço de firma (valor de mercado mais dívidas) equivalente a 4,6 vezes a geração de caixa estimada pelo juro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda), ou 4,6 vezes EV/Ebitda projetado para 2018.

O banco elogia a “impressionante alocação de capital” e o plano claro da mineradora para os próximos anos – diversificar dentro de sua base de ativos. E mantém a indicação de compra para o papel, além de esperar rendimentos de dividendos saudáveis para atrair uma nova base de investidores para a empresa (mínimo de aproximadamente 6% ao ano em dólar). O BTG tem um preço-alvo de US$ 18 (R$ 70,00) para a ação.

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