Aeroportos

Procura por passagem aérea doméstica cresce 1,96% em junho

25 jul 2017, 15:46 - atualizado em 05 nov 2017, 13:59

Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil

A procura por passagens aéreas domésticas cresceu 1,96% em junho na relação com o mesmo mês de 2016, informou hoje (25), em São Paulo, a Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear). A oferta de voos pelas companhias aéreas, no entanto, recuou 0,68% na mesma base de comparação.

Maurício Emboaba, consultor técnico da Abear, disse que a alta na demanda não significa expansão do setor, já que junho de 2016, mês usado na comparação, teve demanda reprimida por ter sido o auge da crise política no país.

Para ele, a leve alta se deve mais ao ajuste de oferta. Os dados levam em conta os serviços prestados pelas companhias Avianca (que respondeu por 13,49% do mercado), Azul (18,28%), Gol (35,39%) e Latam (32,85%).

A taxa de ocupação nos voos foi de 80,24%, alta de 2,08 pontos percentuais, o que a Abear considera desempenho saudável para as companhias. As empresas brasileiras tiveram crescimento de 15,10% na demanda do mercado internacional e a oferta nesse segmento aumentou 12,32%.

A movimentação de cargas domésticas cresceu 8,34% em junho, somando 28,3 mil toneladas. Nas rotas internacionais, o movimento foi de 20,6 mil toneladas, crescimento de 57,96%. Para Emboaba, esse aumento expressivo indica o amadurecimento do crescimento da oferta no mercado internacional de cargas.

Cobrança de bagagens

A cobrança para despachar bagagens e o oferecimento de tarifas com desconto para quem não utiliza o serviço passaram a valer em junho. Eduardo Sanovics, presidente da Abear, disse que a mudança surpreendeu positivamente o setor porque 65% dos bilhetes vendidos desde então são de tarifas, em média, 30% mais baratas, voltadas aos passageiros que viajam sem bagagem.

Para ele, embora a associação ainda não tenha dados consolidados sobre a curva de preços das passagens aéreas, os primeiros levantamentos das companhias apontam queda de preços praticados.

“Só poderemos falar sobre preços quando tivermos os dados consolidados da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], mas algumas empresas vêm mostrando queda nos preços”, explicou.