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Procura por compra de moradias cresce no terceiro semestre de 2018

29 nov 2018, 18:51 - atualizado em 29 nov 2018, 18:52

De acordo com o Raio-X FipeZap, a procura por moradias no terceiro trimestre de 2018 aumentou devido à queda dos juros, à renda em recuperação e à percepção de preços razoáveis.

Investidores

Dentre os entrevistados que declararam ter adquirido um imóvel nos últimos 12 meses, o número de pessoas que pretendem usar o imóvel como moradia cresceu de 57% para 66%. Em contraposição 34% pretendem investir, o que corresponde a uma queda de 9% em relação à pesquisa anterior, que registrou participação de 43% por parte dos investidores. Desses 34%, 64% disseram usar o imóvel para locação e 56% fazem a revenda.

O objetivo dos compradores que mais se destacou foi o o interesse na obtenção de renda com o aluguel do imóvel, representando 64%. O objetivo de revender soma 36%.

Quanto aos compradores em potencial, os que têm interesse em usar o imóvel como moradia formam 88%. O número de investidores é menor, com 12, sendo 71% para aluguel e 29% para revenda. Aluguel e revenda de imóveis com mais de doze meses de posse correspondem, respectivamente, a 62% e 39% dos investimentos, que ficou com 22%.

Transações com descontos

Nos últimos 12 meses, os descontos nas transações cresceram de 63% em julho de 2017 para 70% em agosto de 2018. Em setembro, o percentual sofreu uma retração, caindo para 69%. Ainda assim, o número de transações mostrou-se estável, encerrando setembro por volta de 13%.

Percepção dos preços

Os preços atuais foram classificados como “altos ou muito altos” por 48% dos entrevistados que adquiriram imóveis nos últimos doze meses. Isso, quando comparado com o mesmo período do ano passado, representa um aumento de dois pontos percentuais, ainda que se tenha visto uma melhora em relação ao resultado de 2014, quando o percentual era de 84%.

Refletindo a queda do número de pessoas que consideram os preços altos, o entrevistados que se encaixam na classificação “baixos ou muito baixos” cresceram, passando de 4% em 2014 para 19% em 2018.

A percepção dos respondentes que pretendem adquirir imóvel também segue uma trajetória similar para os preços classificados como ” altos ou muito altos”. O percentual caiu gradativamente ao longo dos anos. Comparando o último trimestre de 2017 com o trimestre deste ano, a queda foi de dois pontos percentuais, fechando em 60%. Em contrapartida, a percepção dos preços “baixos ou muito baixos” decaiu no mesmo período, indo de 8% no terceiro trimestre de 2017 para 7% no terceiro trimestre de 2018.

Entre os proprietários, os que responderam que os preços estavam “altos ou muito altos” 52%, enquanto que as respostas tanto para ” nível razoável” quanto para “baixos ou muito baixos” aumentaram de 2014 para cá. Os percentuais atuais para cada um desses grupos são de, respectivamente, 26% e 17%.

Expectativa de preço para curto e longo prazo

A curto prazo, 52% dos respondentes que adquiriram imóveis recentemente acreditam que os preços irão aumentar nos próximos doze meses, enquanto 31% veem estabilidade no preço e 5% esperam que os valores caiam.

Dos que pretendem comprar o imóvel, a expectativa de que o preço a curto prazo aumente corresponde a 19% dos entrevistados. 31% das pessoas acreditam que o preço irá permanecer igual. 20% esperam que o preço diminua, o que representa uma queda significativa em comparação ao percentual do terceiro trimestre de 2015, de 49%.

As pessoas que possuem imóvel próprio e esperam que o preço aumente nos próximos doze meses correspondem a 31%. 41% acreditam que os valores permanecerão iguais, enquanto que 11% esperam por queda.

Em relação à expectativa de preço para longo prazo, 37% dos que adquiriram imóveis acreditam que o quadro irá se apresentar acima da inflação nos próximos dez anos. 28% acham que os preços estarão de acordo com a inflação. 14% esperam um valor abaixo da inflação.

Dos que pretendem adquirir imóvel, sobressaem os indecisos, representando 33%. 30% dos compradores acham que os preços estarão de acordo com a inflação, seguidos pelos 24% que veem preços acima da inflação. 13% esperam um cenário abaixo do nível de inflacionário.

Os entrevistados que esperam preços de acordo com a inflação nos próximos dez anos correspondem a 29%. Quanto aos demais, 28% não sabem o que esperar, 25% acreditam que os preços estarão acima da inflação e 19% alimentam expectativas de valores abaixo da inflação.