Política

Problemas internos: Sucessor de Galípolo aumenta tensão entre Haddad e PT; entenda

09 maio 2023, 12:18 - atualizado em 09 maio 2023, 12:18
Fernando Haddad
Substituto de Galípolo, novo secretário-executivo de Haddad desagrada PT (Imagem: Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na última segunda-feira (8) o nome de Gabriel Galípolo como indicado do governo para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária. 

Para atuar como braço direito de Roberto Campos Neto no Banco Central, Galípolo deixará o cargo de secretário-executivo da Fazenda, o qual Dario Durigan deverá assumir.

Durigan é chefe de política pública do WhatsApp. Ele tem sido o principal rosto da empresa no Brasil, com posicionamento sobre o PL das Fake News, bem como nas tratativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as plataformas atreladas ao processo eleitoral no último ano, conforme noticiou a colunista Malu Gaspar, no jornal O Globo. 

O nome de Durigan para o cargo na Fazenda teria aceso um alerta na ala petista na Câmara, visto que, à frente do WhatsApp, o executivo já fez críticas ao projeto das fake news em audiências sobre o assunto.

O cobertor curto de Haddad

A indicação de Gabriel Galípolo para atuar no Banco Central foi vista como uma jogada estratégica, já que é o atual secretário executivo da Fazenda, considerado o segundo em comando na equipe econômica. A diretoria de Política Monetária é considerada a posição mais importante do BC depois da presidência.

Contudo, ainda que por um lado Galípolo possa ser um sucessor na presidência do Banco Central, como aliado do Governo Lula, por outro, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem suas ressalvas com seu sucessor, que deverá assumir o segundo maior cargo na pasta econômica.

Conforme a colunista Malu Gaspar, deputados e técnicos da bancada lulista, procuraram a coluna para reclamar da nomeação de Haddad, que classificaram como “completamente absurda”.

Em 2021, Durigan participou de duas audiências na Câmara como representante do WhatsApp. Nestes, criticou um trecho da lei que, à época, previa que aplicativos de mensagens mantivessem arquivadas mensagens enviadas em massa e alcançado mais de mil pessoas por três meses.

“Não só no Brasil, como no mundo, o WhatsApp é contra a rastreabilidade porque ela altera o produto seguro e privado, que é utilizado por mais de dois bilhões de pessoas, viola direitos fundamentais e não funciona”, disse na ocasião.

Em outra audiência, disse que um dos artigos da lei, que também foi suprimido na versão final, que previa moderação de conteúdo pelas plataformas, representava “uma intervenção muito ampla no modelo de negócios da empresa”.

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