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Problemas econômicos da China pioram com setores industrial e imobiliário

01 ago 2022, 7:45 - atualizado em 01 ago 2022, 7:45
Linha de produção da fábrica de assentos automotivos Yanfeng Adient em Xangai
O Produto Interno Bruto do segundo trimestre cresceu apenas 0,4% no ano, mas as autoridades têm até agora evitado estímulos maciços (Imagem: REUTERS/Aly Song/File Photo)

A economia da China vacilou ainda mais no início do segundo semestre do ano, com a indústria voltando inesperadamente a desacelerar, as perdas no setor imobiliário se aprofundando e cortes de empregos.

Uma pesquisa privada realizada pelo Caixin e divulgada na segunda-feira mostrou que a atividade industrial cresceu mais lentamente do que o esperado em julho, depois de ter melhorado em junho, quando foram levantados os lockdowns generalizados contra a Covid.

Uma pesquisa oficial divulgada no domingo já havia indicado que o setor realmente contraiu no mês passado.

Também nesta segunda-feira, uma pesquisa da China Index Academy, uma das maiores empresas independentes de pesquisa imobiliária do país, mostrou que as vendas de imóveis por área útil em 17 cidades rastreadas pela empresa caíram 33,4% em julho ante o mês anterior, contra um salto pós-lockdown de 88,9% em junho, uma vez que os compradores evitavam um mercado cada vez mais repleto de vendedores desesperados.

Os principais líderes do país na semana passada sinalizaram estar prontos para a possibilidade de não alcançar a meta de crescimento do governo de cerca de 5,5% para 2022, um ano no qual se espera que o Presidente Xi Jinping assegure o terceiro mandato.

O Produto Interno Bruto do segundo trimestre cresceu apenas 0,4% no ano, mas as autoridades têm até agora evitado estímulos maciços apesar dos temores de uma recessão global, das incertezas da guerra da Ucrânia e da perspectiva de lockdowns recorrentes contra a Covid no país.

A confiança do consumidor permaneceu frágil, devido à incerteza generalizada sobre o emprego.

Na pesquisa do Caixin, um subíndice de empregos na indústria mergulhou para o nível mais baixo em 27 meses.

As empresas atribuíram a redução de pessoal ao controle de custos, vendas reduzidas e a não substituição de trabalhadores que saíram voluntariamente.

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