Transportes

Privatização do Metrô de São Paulo ‘está na mesa’; entenda

03 out 2023, 11:15 - atualizado em 03 out 2023, 11:15
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Privatização do Metrô de São Paulo pode acontecer até 2024 (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Governo de São Paulo está estudando as possibilidades de privatização de empresas estatais até 2024, e a venda do Metrô está na mesa.

As opções que estão em análise vão desde concessões de linhas como as que já existem hoje nas linhas 8 e 9  até a desestatização total de um dos principais meios de locomoção dos paulistas.

O secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, no entanto, acredita que a privatização total do Metrô não seja uma opção viável, por entender que a companhia é fundamental para o Estado ampliar as linhas em outras cidades.

“Vender o Metrô talvez não faça sentido, mas está na mesa. Estamos estudando como fechar a conta e, em 2025, fazer as audiências públicas”, disse, em entrevista ao Valor Econômico. “O Estado não pode perder isso e quer levar essa capacidade para o interior. Temos outras regiões metropolitanas que precisam ser atendidas por VLTs, trens, e que ainda não são atendidas”, explicou.

Os estudos de concessão para redução de custos visa também a construção de duas novas linhas que devem ligar o centro de São Paulo a Guarulhos e Lapa a Santo André. O Governo de São Paulo já anunciou quatro leilões.

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Greve nesta terça-feira (3) em SP é contra privatizações

As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô e todas as linhas da CPTM foram paralisadas pelo Sindicato dos Metroviários nesta terça-feira (3).

A entidade justifica a greve pelas inúmeras afirmações do governador Tarcísio de Freitas de que pretende privatizar os serviços públicos do transporte sobre trilhos e do saneamento básico e fornecimento de água no estado, conforme informou o sindicato.

Tarcísio afirmou que as desestatizações ainda estão em estudo e que, para efetivá-las, é necessária uma audiência pública, a qual é possível a discussão sobre o tema de forma organizada. Ainda de acordo com o governador, a discordância em relação aos estudos transformada em greve é “abusiva”.