Privatização da Copasa é improvável, avaliam analistas
A XP Investimentos, o BTG Pactual e o Itaú BBA avaliam a privatização da Copasa (CSMG3) como improvável, de acordo com os relatórios divulgados ao mercado nesta quarta-feira (27).
A análise veio após a notícia divulgada na terça-feira de que o Conselho Mineiro de Desestatização autorizou o BNDES a realizar consulta ao mercado visando à contratação de serviços para estruturar e implementar o processo de privatização da companhia.
Para a XP, existem alguns motivos para o negócio não acontecer. De acordo com os analistas, qualquer conversa sobre privatização no setor sem a aprovação do Novo marco Regulatório de Serviços de Saneamento Básico (PL 4162/2019) não passa de especulação.
Em segundo lugar, é necessária a alteração da Constituição Estadual de Minas Gerais para viabilizar processos de privatização de estatais em Minas Gerais, o que não deve ocorrer por falta de articulação política, de acordo com eles.
O BTG Pactual também acredita que o processo é muito desafiador, já seriam necessárias alterações na constituição, que demandam a aprovação de 60% da assembleia legislativa de Minas Gerais, o que se mostra um desafio.
Os analistas Joao Pimentel e Fillipe Andrade também apontaram que a venda da companhia ajudaria a situação fiscal do estado, mas não seria suficiente para aliviar o déficit.
O analista do Itaú BBA, Marcelo Sá, diz que é muito cedo para se animar com a ideia de uma possível privatização. Em sua visão, se a empresa for privatizada, ela poderia valer de R$ 89 a R$ 117. No entanto, o analista prefere a Sabesp
(SBSP3) ao invés da Copasa, devido às chances maiores de privatização.
Com a perspectiva negativa, a XP Investimentos manteve sua recomendação neutra para as ações da companhia. Já o BTG continuou com recomendando a compra dos ativos, com preço-alvo de R$ 56 por ação. O Itaú BBA também se mantém neutro com preço-justo de R$ 64 por ação.