Privatização da Cemig (CMIG4) está mais próxima depois do 4T22?
A Cemig (CMIG4) entrou no radar do mercado nesta semana, depois que divulgou seus resultados no quarto trimestre e anunciou que estaria se preparando para uma eventual privatização.
Apesar das afirmações de agentes da empresa, os analistas seguem céticos em relação ao processo de privatização da elétrica.
O presidente-executivo da Cemig, Reynaldo Passanezi, e o presidente do conselho de administração, Márcio Utsch, explicaram que trabalham para convencer o governo do Estado sobre a urgência de avançar com a agenda de privatizações na Assembleia Legislativa do Estado.
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Arthur Pereira e Gustavo Faria, analistas do Bank of America, explicam que não esperam uma privatização da Cemig, pois esse processo enfrenta grande atrito político, ao contrário de outras empresas estatais (por exemplo, Codemig, Copasa).
Além disso, o governo de Minas Gerais parece ter “outras prioridades antes da privatização da Cemig, com o Plano de Recuperação Fiscal e a Reforma Administrativa”, explicam os especialistas do banco.
O banco UBS BB também enxerga uma privatização da companhia como improvável, já que a empresa teria de enfrentar um processo complexo pela frente.
Segundo Giuliano Ajeje, analistas do banco, o processo de privatização em Minas Gerais tem falta de apoio da assembleia mineira para a aprovação da venda em referendo público, além de exigir “uma mudança na legislação do estado”.
A visão do BofA sobre as ações da empresa segue neutra, com um preço-alvo a R$ 14, assim como a avaliação do UBS sobre os ativos da Cemig, que calculou um preço-alvo de R$ 11.