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Prio (PRIO3): Produção fica aquém do esperado, mas petrolífera ainda é uma compra ‘de alta convicção’ para analistas

08 jan 2025, 12:10 - atualizado em 08 jan 2025, 12:10
prio
(Imagem: Prio)

Os dados da prévia operacional da Prio (PRIO3) referentes ao mês de dezembro, divulgados nesta terça-feira (8), ficaram aquém da expectativa de analistas. A companhia fechou o ano com produção de 106 mil barris de petróleo equivalentes diários (boepd), alta de 38% em relação a novembro e o melhor mês do ano.

No quarto trimestre, a companhia produziu 87 mil barris por dia, maior que os 70 mil do terceiro trimestre. A petroleira fecha o ano com produção de 84 mil barris diários.

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Analistas da XP Investimentos pontuam que o aumento foi impulsionado pela consolidação da participação de 40% no campo de Peregrino, que contribuiu com 32,6 mil bpd em dezembro.

“No entanto, a produção excluindo Peregrino diminuiu em 4% em relação a novembro, principalmente devido ao desempenho de Albacora Leste (ABL), que foi afetado pela substituição de uma turbina e manutenção no sistema de compressão de gás”, ponderam.

Na avaliação da casa, a prévia mostrou um grande aumento sequencial, mas marginalmente negativo em relação às expectativas.

O BTG Pactual recorda que as ações da Prio caíram 31% (em dólares) em 2024, enquanto os preços do petróleo caíram 3% (em dólares) durante o período, e a greve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atrasou licenças ambientais essenciais, que impactaram as operações diária da companhia e o primeiro petróleo de seu principal motor de crescimento, o campo Wahoo.

O banco estima que este campo deve produzir em média 40kb/d na capacidade total, aumentando a produção atual da Prio em cerca de 50%.

“Além disso, o sentimento em relação ao mercado de ações do Brasil atingiu mínimas históricas em meio a preocupações sobre riscos fiscais e uma trajetória de dívida que provavelmente manterá o custo de capital elevado por mais tempo. Apesar desses fatores, acreditamos que o desempenho mais fraco é exagerado e a Prio continua sendo uma oportunidade de investimento atraente para 2025”, avaliam.

Por que comprar Prio?

Analistas do BTG Pactual defendem que, ainda que a Prio seja frequentemente vista como uma história de alto crescimento e alto risco, a assimetria da tese de investimento decorre principalmente de aspectos menos discutidos, como retornos aos acionistas por meio de recompras e exposição ao dólar.

Para os analistas do banco, embora a dependência da empresa em atingir um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 28% até 2027 possa não ser atraente para investidores conservadores, o ambiente macro e as vantagens competitivas da companhia — como baixos custos de produção e alavancagem menor — continuarão a promover geração substancial de caixa e redução da dívida, mesmo com uma produção abaixo da média.

A Prio ainda não é a top pick do BTG, mas é apontada como uma “compra de alta convicção”. Para o BTG, a Prio apresenta um ponto de entrada atraente. O preço-alvo do banco é de R$ 72 por ação, que represena um potencial de alta de 73%. A previsão de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de US$ 2 bilhões para 2025.

Com as ações da mostrando um risco de queda limitado com base em fundamentos e poucos motivos para duvidar que as licenças serão emitidas no curto prazo — ainda que seja esse o caso há vários meses — , agora os analistas defendem de forma mais relevante a aquisição de posição em Prio.

“Assim que as licenças forem concedidas e a perfuração em Wahoo puder confirmar uma data para o primeiro óleo, achamos que o mercado rapidamente precificará o retorno do campo e da empresa, desencadeando uma rápida valorização”, afirmam.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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