Comprar ou vender?

Bradesco BBI corta preço-alvo desta petroleira, mas ainda vê alta de 60%; vale comprar?

28 maio 2024, 12:46 - atualizado em 28 maio 2024, 12:46
prio ação
Bradesco BBI e a Ágora Investimentos cortam preço-alvo de Prio para R$ 70 (Imagem: Divulgação/PRIO)

O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos reduziram o preço-alvo de Prio (PRIO3) para 2024 de R$ 75 para R$ 70, o que implica uma potencial alta de aproximadamente 60% com base no fechamento de segunda-feira (27). A recomendação para as ações segue de compra.

“O corte em nosso preço-alvo está relacionado principalmente às expectativas de produção mais baixas, já que reduzimos nossa expectativa de produção para 2024 de 99 mil para 90 mil barris por dia (bpd)”, avaliam os analistas.

Vicente Falanga e Ricardo França ressaltam também os níveis de produção atuais abaixo do esperado e o adiamento do início da exploração no campo de Wahoo de outubro de 2024 para janeiro de 2025, principalmente relacionado com a greve do Ibama.

Por outro lado, eles destacam a reativação de dois poços no campo de Albacora Leste e a recuperação de dois poços no campo de Polvo.

Os analistas, no entanto, postergaram o início da campanha de renovação em Albacora Leste, dado que só poderá ocorrer após a conclusão do projeto Wahoo. Isso levou a uma redução nas estimativas de produção entre 2024 e 2026 e consequente redução de 10% nas estimativas para o Ebitda.

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Prio e o campo de Peregrino

O Bradesco e a Ágora comentam ainda sobre a participação minoritária de 40% da Sinochem no campo Peregrino, que pode ser vendida no curto prazo. A Prio é um dos potenciais licitantes e forte concorrente, dada a proximidade do ativo com seu portfólio atual.

“Construímos um modelo para o campo de Peregrino e estimamos que a participação de 40% da Sinochem no ativo valha US$ 2,170 bilhões, com uma estimativa de preço do petróleo de longo prazo de US$ 70 por barril”, afirmam.

Falanga e França avaliam que, para cada US$ 100 milhões que a Prio pagar abaixo disso, a criação de valor implícita se traduziria em aproximadamente R$ 0,60 por ação.

“Para que a PRIO atinja o seu objetivo de TIR desalavancada de 20% numa aquisição, o preço de licitação teria de ser no máximo US$ 1,8 bilhão, tendo em consideração uma premissa de longo prazo do Brent de US$ 60 por barril”, dizem.