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Primo chileno da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN11), CMPC lança programa florestal no RS

25 jan 2022, 15:22 - atualizado em 25 jan 2022, 15:22
CPMC Papel Celulose
Meta da CMPC é de alcançar o plantio de 15 mil hectares ainda em 2022 (Imagem: Divulgação/CPMC)

Companhia chilena prima das brasileiras Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), a produtora de papel & celulose CMPC lança programa de fomento florestal no Rio Grande do Sul.

Denominado RS+Renda, o programa é baseado na prática de geração de valor compartilhado, que possibilita aos produtores rurais e proprietários de terras passarem a integrar a cadeia produtiva da companhia, diversificando sua produção e garantindo renda.

“O Rio Grande do Sul tem vocação para o agronegócio, com clima favorável e tradição histórica no campo. Com o RS+Renda, queremos ampliar a prática da silvicultura, um cultivo sustentável e que hoje está presente em somente 4,3% das propriedades rurais do Estado, explica Mauricio Harger, diretor geral da CMPC no Brasil.

Com a meta de alcançar o plantio de 15 mil hectares ainda em 2022, o RS+Renda busca dar suporte ao aumento de capacidade produtiva de 350 mil toneladas que será proporcionado pelo BioCMPC, considerando que, por ser uma empresa de capital estrangeiro, a CMPC não pode adquirir terras rurais no Brasil.

No entanto, a companhia precisa crescer em área de plantio para abastecer esse incremento da unidade.

Voltado para produtores rurais e donos de campos no Rio Grande do Sul, o RS+Renda é um dos únicos programas de fomento do setor que oferece suporte para a elaboração e implementação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), vinculados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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Como funciona?

A CMPC realiza todas as atividades desde o plantio da floresta até a colheita e transporte da madeira.

O produtor rural receberá o pagamento equivalente a 50% do volume da madeira colhida sem casca dividido de duas formas: pagamento antecipado do valor referente a até 70% do volume produzido por hectare anualmente (Incremento Médio Anual) e 30% no inventário pré-corte e após o recebimento da madeira no depósito CMPC (volume real ajustado).

A companhia se compromete com o fornecimento de mudas, assistência técnica, colheita e transporte da madeira, além de possibilitar subsídio para financiamento da implantação.

Enquanto isso, o produtor é responsável pelo plantio e tratos culturais, contratando e pagando a mão de obra capacitada. Também realiza a compra dos insumos para plantio e garante a manutenção da licença ambiental.

Nesta modalidade, o produtor tem direito a 100% do valor da madeira.

“Sob a perspectiva da sustentabilidade, trata-se de um projeto carbono negativo e que contribui para a ampliação da produção de matérias-primas renováveis e biodegradáveis, fazendo uso somente de áreas já degradadas ou utilizadas por outras culturas”, afirma Harger.