Economia

Primeiros meses devem ser de definição para siderurgia e mineração, diz BB-BI

10 jan 2019, 12:32 - atualizado em 10 jan 2019, 12:32

Por Investing.com – O início de 2019 deve ser um período desafiador para o setor de siderurgia e mineração, principalmente em janeiro, com um cenário bastante incerto. Essa é a visão do Banco do Brasil (BBAS3) Investimentos (BB-BI), em relatório enviado nesta quinta-feira para clientes. Os analistas entendem que o mercado deve seguir ancorado nas decisões tomadas pelo governo americano e as autoridades chinesas relacionadas ao conflito que já acontece desde meados de 2018.

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Eles entendem que, internamente, as empresas estão mais otimistas com a agenda do novo governo e a possibilidade de importantes reformas para a economia.

A equipe do BB-BI destaca que as principais notícias que influenciaram o setor de S&M em 2018 estiveram relacionadas as discussões comerciais entre os EUA e China, e seu impacto nos mercados internacionais no que tange o consumo de minério de ferro na China, o crescimento de medidas antitruste e dos preços de aço.

Para os analistas, internamente, a economia sofreu um retrocesso com a greve dos caminhoneiros e, mais tarde, os impactos de um período eleitoral turbulento. Apesar disso tudo, as empresas trouxeram um ano positivo, com resultados operacionais crescentes e melhores perspectivas para o novo ano.

No setor de mineração, de acordo com o Beijing CuSteel, o minério de ferro 62% fechou dezembro em uma média de US$ 70.6/t ante US$ 64.7/t em novembro. O spread entre o MF62% e o MF65% ficou em US$ 16/t no mês, queda de US$ 2/t m/m. Concomitantemente, os estoques de MF na China caíram para 124,2 mt no mês, contra 128,1 mt em novembro.

Com relação ao frete, de Tubarão (BZ) a Qingdao (CH), a tarifa ficou em US$ 16,1/t em dezembro, ainda em níveis altos quando comparado à média de US$ 14,8/t em 2017, porém mais baixo que a média auferida no ano passado, de US$ 18,3/t.

No que tange metais básicos, os preços de cobre declinaram 3,6% m/m em dezembro com a tensão no cenário político entre EUA e China ainda em curso. Já para níquel, a queda foi de 3,3%, a partir da retração de 5,0% m/m observada no mês anterior. Entretanto, no movimento contrário, vimos os estoques caindo no período para cobre, níquel e zinco.

De acordo com a WSA1, a produção bruta de aço mundial somou 149 Mt em novembro, estável m/m, porém +5,8% a/a. A produção chinesa somou 77,6 Mt, também estável m/m mas, 10,8% maior a/a, enquanto no Brasil, houve queda de 9,8% m/m e -6,1% a/a, para 2,8 Mt.

Em relação ao Brasil, o relatório do IABr2 mostrou retração na produção de aço bruto de 5,8% em novembro, comparado a outubro (dado mais recente) e -6,1% comparado ao mesmo período do ano passado. O BB-BI explica que a retração foi principalmente em razão da redução de 16,4% na produção de placas. As vendas no MI melhoraram para ambos os produtos, laminados e semiacabados, aumentando 7,0% a/a e 14,3% a/a, respectivamente. As exportações, como esperado, caíram 9,0% a/a, ao passo que as importações subiram 7,2% a/a, no mesmo período.

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