Saúde

Primeiras vacinas estrangeiras contra Covid vão da Alemanha para China

21 dez 2022, 12:36 - atualizado em 21 dez 2022, 12:36
vacina
Existem cerca de 20.000 cidadãos alemães atualmente no país (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

Berlim enviou seu primeiro lote de vacinas contra Covid-19 da BioNTech à China para serem aplicadas inicialmente a expatriados alemães, disse um porta-voz do governo alemão nesta quarta-feira, a primeira vacina estrangeira contra o coronavírus a ser entregue no país.

Nenhum outro detalhe estava disponível sobre o cronograma e o tamanho da entrega, embora o porta-voz tenha dito que Berlim está pressionando para que estrangeiros que não sejam cidadãos alemães tenham acesso à vacina, se quiserem.

A remessa ocorre depois que a China concordou em permitir que cidadãos alemães na China tomem a vacina após um acordo durante visita do chanceler Olaf Scholz a Pequim no mês passado, com o líder alemão pressionando para que Pequim permita que a dose seja disponibilizada gratuitamente também aos cidadãos chineses.

Existem cerca de 20.000 cidadãos alemães atualmente no país.

“Posso confirmar que um carregamento da vacina BioNTech está a caminho da China”, disse o porta-voz a jornalistas em Berlim.

“Estamos trabalhando na possibilidade de que, além dos alemães, também outros estrangeiros possam ser vacinados com a BioNTech.”

Em troca, os cidadãos chineses na Europa podem ser vacinados com o imunizante chinês da SinoVac, segundo o porta-voz. A vacina não foi aprovada para uso pelo regulador de medicamentos da Europa, mas a Organização Mundial da Saúde deu luz verde para seu uso.

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Especialistas preveem que o país de 1,4 bilhão de pessoas pode enfrentar mais de um milhão de mortes por Covid no próximo ano (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

Até agora, Pequim insistiu em usar apenas vacinas produzidas internamente, que não são baseadas na tecnologia ocidental de mRNA, mas em tecnologias mais tradicionais.

A entrega ocorre em meio à flexibilização por Pequim de seu regime estrito de lockdowns para combater a Covid, o que levou a uma onda de casos que pegou o sistema de saúde despreparado.

Especialistas preveem que o país de 1,4 bilhão de pessoas pode enfrentar mais de um milhão de mortes por Covid no próximo ano.

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