Primeira oferta no mercado de capitais para boi confinado supera funding antes do tempo
A primeira oferta pública de investimento direto em boi confinado, regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), realizou 105% em três semanas do que estava programado para captar em quatro. E a estreante no mercado de capitais, a EdafoPec, leva para seus confinamentos a soma mínima de R$ 1,050 milhão.
Os parceiros cotistas da empresa de Carlos Pimenta, através de um contrato de investimento coletivo (ICVM 588), a partir de R$ 5 mil cada, no lançamento em maio, agora vão esperar o ciclo de engorda dos animais que vão para o coxo.
A coordenadora e líder da operação foi a Bloxs Investimentos.
“Compramos os bois de 13 @ e vamos vendê-los com 20 @, em frigoríficos de primeira linha, com base no indicador Cepea/Esalq”, diz o empresário, cuja empresa emitiu a primeira Cédula de Produto Rural (CPR) digital, pela Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), no valor de R$ 100 mil, como noticiou Money Times em setembro de 2019.
A referência da instituição, que também liquida o mercado futuro na B3 (B3SA3), fechou a segunda (22) em R$ 214,00.
A EdafoPec conta com vários confinamentos parceiros, inclusive no Mato Grosso, e possui relação de fidelidade com frigoríficos players do mercado, dobradinha que garante segurança ao funding captado para o negócio. É boi travado a termo, ou seja, negociado antes com garantia de entrega.
E o cenário da pecuária, para os próximos meses, promete ser positivo, anulando até as condições econômicas críticas geradas no mercado interno pela pandemia, lembra Carlos Pimenta.
A entressafra avança, limitando a oferta de animais, que já entrou mais baixa na comparação com outros anos, e os preços tendem a avançar enquanto na ponta final o apetite chinês está absorvendo parte da produção.