Primeira-ministra finlandesa critica viés de homens ao contratar
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse que agora está claro que as mulheres precisam de leis para protegê-las contra a discriminação no local de trabalho.
Falando no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Marin, de 34 anos, disse que a questão não pode ficar nas mãos do setor privado.
“Você precisa de leis e estruturas que conduzam à igualdade de gênero”, disse Marin durante painel de debate na quinta-feira. “Isso não acontece por si só.”
A preocupação é de que exista um viés inconsciente, levando homens com poder de contratar a escolherem pessoas “com a mesma opinião e aparência” que são consideradas “mais qualificadas”, disse Marin durante um debate sobre mobilidade social e igualdade de gênero.
A líder do governo social-democrata, que assumiu o poder no mês passado, foi manchete em todo o mundo por suas visões socialmente progressistas.
Entre elas, o da semana com quatro dias de trabalho, já que a tecnologia aumenta a produtividade.
Apesar da imagem da Finlândia como bastião da igualdade, sem classes sociais distintas, o país nórdico também tem trabalho a fazer sobre o assunto.
Mulheres ganham em média 84 centavos de euro (US$ 0,93) por 1 euro recebido pelos homens e se dedicam uma hora a mais às tarefas domésticas por dia. Mas as mulheres também têm mais diplomas de ensino superior.
“Na Finlândia, não temos homens suficientes em assistência médica e assistência social”, disse a primeira-ministra, acrescentando que “precisamos de mais mulheres em tecnologia”.
Marin, uma política de carreira, elogiou os méritos das cotas e da legislação de gênero na busca por paridade e alertou que o progresso geral inclui passos para trás.
“Todos temos que lutar todos os dias pela igualdade, por uma vida melhor”, disse. “Não é o trabalho de outra pessoa.”