Previsões para PIB americano caem com piora no consumo
Uma série de dados que mostram menos gastos do consumidor, piora no sentimento e atividade indústria tímida sugerem que a economia dos EUA está mais frágil e vários analistas reduziram suas estimativas de crescimento.
O destaque foi o primeiro recuo do ano nos gastos pessoais ajustados à inflação em maio.
Os ganhos em cada um dos quatro meses anteriores também foram revisados para baixo, indicando que a demanda no início do ano foi mais fraca do que se pensava.
As pesquisas sobre vendas de casas e atividade industrial também mostram sinais de problemas.
A fraqueza nos gastos do consumidor, que é de longe o maior componente do PIB americano, agravou a deterioração das perspectivas que já deixava alguns otimistas mais cauteloso no início da semana.
Os economistas do Morgan Stanley agora estimam crescimento anualizado de 0,3% no segundo trimestre, um corte acentuado em relação aos 2% de apenas alguns dias atrás.
Dados divulgados na quarta-feira mostraram que a economia encolheu 1,6% nos primeiros três meses do ano – um desempenho pior do que o divulgado anteriormente devido a uma revisão para baixo acentuada dos gastos do consumidor.
Stephen Stanley da Amherst Pierpont Securities reduziu sua estimativa de crescimento para o segundo trimestre em quase um ponto percentual na quinta-feira, para 2,2%, dizendo em nota que “o cenário dos gastos do consumidor escureceu drasticamente”.
Embora a demanda mais lenta possa ser uma boa notícia para o Federal Reserve, que vem aumentando agressivamente as taxas de juros em um esforço para conter a inflação, as preocupações com uma recessão continuam a crescer.
Os gastos ajustados à inflação caíram 0,4% acima do esperado em maio, liderados por uma queda nos gastos com bens.
Os gastos com serviços, no entanto, mostraram-se resilientes, sugerindo que os consumidores estão deixando de comprar itens como móveis e carros e se voltando mais para coisas como viagens internacionais, à medida que as preocupações com a saúde relacionadas à pandemia diminuem.
Mesmo assim, a desaceleração geral nos gastos das famílias alimenta uma narrativa de que a economia está cambaleando para uma recessão.
“Ainda achamos que os serviços segurarão os gastos do consumidor ao longo do verão, mas quando as férias chegarem ao fim, o impulso dos serviços pode não ser suficiente para manter os gastos gerais do consumidor positivos”, disseram economistas da Wells Fargo em nota na quinta-feira.
Além disso, a confiança do consumidor continua a retroceder. O indicador de sentimento da Universidade de Michigan caiu mais de 8 pontos em junho para uma mínima recorde de 50 pontos.
Os dados desta semana do Conference Board mostraram um aumento semelhante no pessimismo, com as expectativas mais fracas em quase uma década.
Entre para o nosso Telegram!
Faça parte do grupo do Money Times no Telegram. Você acessa as notícias em tempo real e ainda pode participar de discussões relacionadas aos principais temas do Brasil e mundo. Entre agora para o nosso grupo no Telegram