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Prévias de construtoras, meta fiscal e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta terça (16)

16 jan 2024, 10:10 - atualizado em 16 jan 2024, 10:10
Ibovespa
Prévias das construtoras e perseguição da meta fiscal estão no radar dos mercados e podem mexer com o Ibovespa (Imagem: Getty Images Signature/Canva)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (16) em queda, recuando 0,53%, a 130.817 pontos, por volta das 10h04. Na véspera, o índice conseguiu virar e garantiu um fechamento no campo positivo, apoiado por ações de petroleiras e do varejo.

dólar avançava frente ao real nos primeiros negócios de hoje, em linha com os ganhos da divisa norte-americana no exterior, conforme investidores moderavam suas expectativas de um corte de juros em março pelo Federal Reserve.

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5 assuntos que vão mexer com o Ibovespa nesta terça (16)

Investidores atentos a sinas de cortes do Federal Reserve

Wall Street volta do feriado de Martin Luther King em queda, puxando as demais bolsas internacionais, com o mercado aguardando mais dados que reforcem um corte de juros por parte do Federal Reserve.

Amanhã, por exemplo, tem dados do varejo nos Estados Unidos e o Livro Bege do Fed, que mostra como estão as condições econômicas dos 12 distritos do banco central americano.

A projeção dos economistas é de que o Fed deve começar o seu afrouxamento monetário em março. Segundo o CME FedWatch Tool, 66,3% das apostas são de um corte de 0,25 ponto percentual.

Setores pedem taxação das compras de US$ 50 para garantir meta fiscal

O ministro Fernando Haddad e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, estão avançando nas negociações sobre a desoneração da folha de pagamento. A decisão, mesmo, só deve acontecer na volta do recesso parlamentar, previsto para fevereiro.

Enquanto isso, a equipe econômica pensa em alternativas para reduzir o impacto que a manutenção da desoneração por mais tempo pode causar nas arrecadações de 2024. Vale lembrar que Haddad está buscando formas de engordar os cofres públicos para atingir a meta do arcabouço fiscal de zerar o déficit ainda este ano.

O plano que está sendo avaliado, e já ganhou força entre os setores da economia que se beneficiam da desoneração, é a de taxação das compras internacionais de até US$ 50, o que afetarias os consumidores de e-commerces como SheinShopee AliExpress.

Na avaliação do analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, parece evidente que este cenário está pavimentando o caminho para uma inevitável revisão da meta fiscal. Ele pontua que, embora fosse uma expectativa desde o ano passado, o governo evitou discutir o assunto abertamente, permitindo maior liberdade de ação para Haddad.

“Considerando um déficit de 1,4% do PIB no ano passado, reduzi-lo para 0,8% neste ano já seria um avanço significativo. O essencial é estabelecer um plano concreto para as finanças públicas, algo que o governo ainda não conseguiu apresentar”, avalia.

Tenda (TEND3) vende R$ 787 milhões no 4T23

As vendas líquidas da Tenda (TEND3) totalizaram R$ 787,5 milhões no quarto trimestre de 2023, aumento de 19,9% em relação ao mesmo período de 2022, mostra prévia divulgada na segunda-feira (15).

No ano, foi alcançado o patamar de R$ 3,1 bilhões em vendas líquidas consolidadas, igualando ao recorde de 2021.

O indicador de vendas líquidas sobre oferta (VSO), que indica a velocidade de venda no trimestre, foi de 26,9%. O preço médio da venda bruta no trimestre somou R$ 208 mil.

A companhia fez o lançamento de 13 empreendimentos, totalizando R$ 992,2 milhões de valor geral de vendas (VGV). No ano, o VGV de lançamentos somou R$ 3,1 bilhões, um crescimento anual de 34,6%.

Para o analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, a prévia divulgada foi sólida, em linha com a expectativa do mercado.

“A companhia reportou números sólidos, com aquecimento da atividade de lançamentos, um elevado volume de vendas e uma VSO em um patamar saudável, sendo importante mencionar o elevado volume repassado, o que deve contribuir para a recuperação da geração de caixa da companhia”, destaca.

Direcional (DIRR3): Vendas disparam 76% e chegam na marca do bilhão no 4T23

As vendas líquidas da Direcional (DIRR3) dispararam 76% no quarto trimestre de 2023 ante mesmo período do ano passado, atingindo R$ 1,2 bilhão, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira.

Segundo a empresa, o número representa um novo recorde. Em 2023, as vendas somaram R$ 4 bilhões (R$ 3,1 bilhões), crescimento de 33% em relação a 2022.

Já a velocidade de venda no trimestre, medida pelo indicador VSO (vendas líquidas sobre oferta), atingiu 19% na visão consolidada, com 17% nos projetos da Direcional (excluindo o Legado) e 15% nos produtos da Riva.

Desconsiderando as vendas líquidas referentes ao programa Pode Entrar, a VSO consolidada foi de 16% no trimestre.

Em relação a Direcional, o analista da Guide, Mateus Haag, também aponta que foram resultados sólidos e em linha com as expectativas.

B3 (B3SA3): Investidor em retirada? Número de CPFs cai e perde marca

O volume diário de negociações voltou a cair em dezembro, mostra prévia operacional da B3 (B3SA3) divulgada nesta segunda-feira (15).

Segundo o documento, a cifra somou R$ 25 milhões, queda de 13,6% ante o mesmo período do ano passado e 7,9% em comparação com novembro.

Já o número de investidores pessoa física caiu 1,1% contra o ano passado, somando agora 4,9 milhões, antes em 5 milhões.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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