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Prévia operacional 1T25: DIRR3, CYRE3, CURY e outras construtoras divulgam números; qual levou a melhor?

12 abr 2025, 12:00 - atualizado em 11 abr 2025, 17:18
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(Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Para além das tarifas, a semana foi marcada pela divulgação das prévias operacionais das principais empresas de construção listadas na bolsa de valores. O Itaú BBA analisou os números do primeiro trimestre de 2025 (1T25) e apontou quais empresas da sua cobertura levaram a melhor nesse primeiro momento.

Entre as companhias com saldo positivo em seus números, o banco destacou:

Os analistas avaliam que Cury apresentou os melhores resultados operacionais do grupo, com lançamentos totalizando R$ 2,6 bilhões e vendas líquidas de R$ 1,9 bilhão, um avanço de 63% na comparação trimestral. A velocidade de vendas (VSO) também cresceu, atingindo 45%, com um ganho de 170 pontos-base em relação ao trimestre anterior.

A companhia gerou R$ 26 milhões em caixa no período e segue se beneficiando da estratégia focada em Minha Casa Minha Vida (MCMV), com execução operacional eficiente. A Cyrela, que detém 50% da Cury, destaca a empresa como sua principal alavanca de crescimento e projeta R$ 8 bilhões em VGV lançados para 2025.

Já a Direcional registrou lançamentos de R$ 921 milhões, resultado 15% acima das estimativas de mercado. As vendas líquidas foram de R$ 1,088 bilhão, representando alta de 10% no trimestre e 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A velocidade de vendas subiu de 23% no 4T24 para 26% no 1T25, com destaque para a operação da Alea, que teve aumento de 32% no ticket médio, alcançando R$ 250 mil por unidade, impulsionado por um lançamento premium em Taubaté. A companhia reduziu a duração de seus estoques para 6,6 meses e aumentou seu landbank para R$ 23,4 bilhões.

A Tenda teve como destaque o volume de lançamentos, que somou R$ 921 milhões em VGV – resultado 15% acima das projeções do mercado. As vendas líquidas ficaram em linha com as estimativas, atingindo R$ 1 bilhão, o que representa alta de 10% na comparação trimestral e de 13% em relação ao ano anterior. A velocidade de vendas também acelerou, passando de 23% no 4T24 para 26%, enquanto o estoque foi reduzido para 6,6 meses.

A subsidiária Alea registrou aumento de 32% no preço médio das unidades, após o lançamento de um projeto de padrão superior em Taubaté. A companhia ainda transferiu R$ 772 milhões no trimestre, crescimento de 14% frente ao trimestre anterior, e ampliou seu landbank para R$ 23,4 bilhões.

A Cyrela apresentou resultados operacionais levemente positivos no primeiro trimestre de 2025. Os lançamentos somaram R$ 3,38 bilhões em VGV, 13% acima das projeções, reforçando a confiança na meta de R$ 11 bilhões para o ano. As vendas líquidas, por outro lado, desaceleraram 40% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 2,11 bilhões — queda já esperada pelo mercado.

Apesar da retração, a companhia mostrou sinais de resiliência: a velocidade de vendas se manteve saudável, em 33%, ainda que abaixo dos 57% registrados no 4T24, influenciados pelo forte desempenho do Vista Armani. A duração do estoque permaneceu estável em 11 meses.

Para analistas, os números reforçam o bom momento operacional da Cyrela, com ganho de participação em São Paulo e valorização acumulada de 50% no ano.

Por fim, a Moura Dubeux apresentou lançamentos de R$ 402 milhões, levemente abaixo do quarto trimestre, mas com alta de 16% na base anual. As vendas líquidas totalizaram R$ 551 milhões, com aumentos tanto na comparação trimestral quanto anual.

A velocidade de vendas manteve-se estável em 24%, enquanto a duração do estoque foi reduzida para 8 meses. O destaque foi a operação com a marca Mood, que representou 42% das vendas do trimestre. A empresa consumiu R$ 18 milhões em caixa no período, mantendo a média dos últimos trimestres. Mesmo assim, o mercado reagiu positivamente, com as ações já acumulando valorização de 40% no ano.

Já na outra ponta, as que não tiveram resultados tão positivos foram: Mitre (MTRE3) e Lavvi (LAVV3), com avaliação “neutra” e Even (EVEN3) com negativa.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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