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Pressões deflacionárias aumentam em setembro na China e inflação ao consumidor esfria

13 out 2024, 13:46 - atualizado em 13 out 2024, 13:46
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O índice de preços ao produtor (IPP) da China sofreu a maior queda em seis meses. Veja o que está ajudando na deflação. (Imagem: Getty Images Signature/Canva Pro)

A inflação ao consumidor na China diminuiu de maneira inesperada em setembro, enquanto a deflação dos preços ao produtor aumentou, ampliando a pressão sobre Pequim para implementar rapidamente mais medidas de estímulo para reviver a demanda em declínio e a atividade econômica fraca.

O Ministro das Finanças, Lan Foan, disse em uma coletiva de imprensa no sábado que haverá mais “medidas anticíclicas” este ano, mas as autoridades não forneceram detalhes sobre o tamanho ou o cronograma do estímulo fiscal que está sendo preparado, que os investidores esperam que alivie as pressões deflacionárias na segunda maior economia do mundo.

O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 0,4% em relação ao mesmo mês no ano anterior, na menor alta em três meses e após aumento de 0,6% em agosto, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas no domingo, ficando abaixo da previsão de aumento de 0,6% de acordo com um levantamento da Reuters com economistas.

O índice de preços ao produtor (IPP) sofreu a maior queda em seis meses, de 2,8% em relação a setembro do ano anterior, contra um declínio de 1,8% no mês anterior e ante uma expectativa de queda de 2,5%.

“A China enfrenta pressão deflacionária persistente devido à fraca demanda doméstica. A mudança na postura da política fiscal, conforme indicado pela coletiva de imprensa de ontem (sábado), ajudaria a lidar com esses problemas”, disse Zhiwei Zhang, Economista-Chefe da Pinpoint Asset Management.

As autoridades chinesas intensificaram os esforços de estímulo nas últimas semanas para impulsionar a demanda e ajudar a atingir uma meta de crescimento econômico de cerca de 5,0% para este ano, embora alguns analistas digam que as medidas podem oferecer apenas alívio temporário e que medidas mais fortes são necessárias para breve ou o ritmo fraco pode se estender até o próximo ano.

O banco central anunciou no final de setembro as medidas de apoio monetário mais agressivas desde a pandemia de Covid-19, incluindo numerosos passos para ajudar a tirar o setor imobiliário de uma baixa de vários anos, além de cortes nas taxas de hipoteca.

Analistas e investidores agora esperam que uma reunião do parlamento chinês, prevista para as próximas semanas, revele propostas mais específicas.

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“O tamanho do estímulo fiscal é importante. É necessário ter uma política com ação mais decisiva antes que as expectativas deflacionárias se tornem ainda mais enraizadas”, disse Zhang, da Pinpoint.

O núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, ficou em 0,1% em setembro, abaixo dos 0,3% de agosto, o que também indica que as pressões de deflação estão aumentando.

A leitura do núcleo tem estado abaixo de 1%, por 20 meses consecutivos, refletindo uma falta de impulso nos preços e a necessidade de estimular o consumo, disse Bruce Pang, economista-chefe e diretor de pesquisa da Grande China da JLL.

O IPC ficou inalterado no mês a mês, contra um ganho de 0,4% em agosto e abaixo da estimativa de um aumento de 0,4%.

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reuters@moneytimes.com.br
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