Pressão sobre o boi no Norte do MT começa pelo JBS, dominante na região
O movimento de doma das altas do boi por parte dos frigoríficos, que haviam evitado um pouco o Mato Grosso no processo de interrupção total ou parcial das compras, começou a chegar no Norte desse estado.
E justamente numa região com poucos abatedouros, grandes distâncias entre eles, e, ainda, compondo peso maior na pecuária de cria e recria. Ou seja, poucos concorrentes e menor volume tradicional de boi acabado.
A pressão começou na quinta-feira, com o JBS (JBSS3) de Alta Floresta oferecendo R$ 260 a Walmir Coco, pecuarista que acabou vendendo a R$ 270 no Monte Verde Alimentos, em Nova Monte Verde, a 160 kms de distância.
Presidente do Sindicato Rural de Alta Floresta, Coco acusa também a cotação da vaca perdendo R$ 7, indo a R$ 255. “A pressão de baixa é grande”, diz, lembrando que a marca dos irmãos Batista domina a região, com unidades também em Colider e Confresa.
Alguns confinamentos da região acabaram dando fôlego às escalas – o sistema de engorda de boi fechado cresce na região com a maior entrada dos grãos -, que contam com programação fechada até 31 de novembro.
E além do argumento de expectativa de recuo nas exportações para alguns destinos, segundo ouviu dos compradores, Walmir também acredita em “política de mercado”.
Conhecida por saída das compras, ou férias coletivas, força a redução da @, o que mais os grandes conseguem fazer, enquanto as plantas de grupos menores não conseguem.
E ficou visível em São Paulo, onde o boi começou a distanciar dos R$ 300 desde o início da semana passada, para o Cepea/Esalq, e, nesta segunda (23), ficaram em R$ 280 na referência de balcão da Agrifatto e Scot Consultoria.
Rondônia
O Marfrig (MRFG3) em Ji-Paraná, Rondônia, segue em férias coletivas até dia 26.
E mesmo com pouco mais de sobra de animal para os outros frigoríficos, as escalas não avançam três dias.
Sérgio Ferreira, presidente da Associação Rural de Rondônia, fala em boi de R$ 255 e vaca a R$ 245, com 30 dias para descontar.