Pressão extra: as empresas mais endividadas, neste momento de crise
Se enfrentar o pânico do mercado já é difícil, quando tudo está em ordem, imagine a pressão sobre as companhias mais endividadas do país. O alerta é do BTG Pactual, em relatório divulgado nesta terça-feira (10).
Carlos Sequeira e Osni Carfi, analistas que assinam o relatório do banco, observam que, no geral, as empresas de capital aberto chegam a esta crise em condições bem melhores que cinco anos atrás.
O nível de endividamento, por exemplo, recuou de 2,9 vezes para 1,8 vez, considerando-se a relação dívida líquida sobre ebitda. Os analistas acreditam que a queda continuará neste ano.
“De modo similar, elas estão muito mais lucrativas que poucos anos antes. De acordo com nosso modelo, as margens líquidas cresceram para 12,9% em 2019, ante 10,6% em 2016”, afirma o banco.
Justamente por isso, as empresas com endividamento acima da média tendem a ser mais voláteis no mercado em tempos de incerteza, como o atual. Entre as mais endividadas, quando se considera a relação dívida líquida/ebitda, o BTG Pactual destaca as seguintes:
Empresa | Ticker | Nível de endividamento* |
---|---|---|
Suzano | SUZB3 | 4,9 X |
Klabin | KLBN11 | 4,6 X |
Cemig | CMIG4 | 4 X |
CSN | CSNA3 | 3,5 X |
BRF | BRFS3 | 3,4 X |
Cogna | COGN3 | 3,2 X |
Natura | NTCO3 | 2,9 X |
Marisa | AMAR3 | 2,9 X |
Helbor | HBOR3 | 2,7 X |
*dívida líquida/ebitda 2020 |