Pressão de alta do boi cai um pouco, mas oferta menor ainda manterá ganhos
A pressão de alta da @ do boi diminui em muitas praças, apesar da disponibilidade menor de animais para os frigoríficos, com programações de abate mais ajustadas. A virada da quinzena mais fraca também limita as ações dos compradores, apesar das exportações seguirem em alta.
Os negócios em R$ 157/158,00 (para descontar impostos) em São Paulo ainda predominam e no Mato Grosso do Sul a média de R$ 147,00 se fortaleceu, sobre a média de R$ 145,00 de até dois a três dias atrás.
É o estado com ganhos mais claros no encurtamento da boiada acabada, mesmo porque também é o estado com menor número de confinamento, e as escalas vão até o começo da semana que vem.
Mas a entressafra está demorando para trazer ganhos mais expressivos, como deixava no ar na semana passada.
“Neste momento, o que estou achando é um mercado bem de lado, sem muitas novidades. Mesmo essa recuperação nesta entressafra ainda meio fraca”, avalia Gustavo Resende Machado, analista da Agrifatto.
A percepção da consultoria, vinda dos produtores com os quais têm relacionamento, é a de que os frigoríficos estão controlando as necessidades de compras à medida que começa a chegar perto uma nova leva de bois a termo. Outubro era o mês mais previsível, mas há quem já pensa em um bom volume para setembro.
Em relação à alta de agosto da @, estudos da Agrifatto mostraram de entre este mês e setembro a melhora é normal, variando bastante dentro de fatores conjunturais de cada ano (como em 2017, ano da Carne Fraca, em que a expansão foi de 7,30%), porém sempre positivas de 2014 a 2018.