Presidentes do Fed sinalizam que caminho para corte de juros nos EUA em setembro parece estar traçado
Os presidentes do Federal Reserve (Fed) de diversas cidades norte-americanas sinalizaram estar de mente aberta para iniciar o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos na reunião de 17 e 18 de setembro.
Em entrevistas à Reuters, em Jackson Hole — onde autoridades de bancos centrais globais estão reunidas para o simpósio econômico anual do Fed — Susan Collins, de Boston, e Patrick Harker, da Filadélfia, mostraram apoio ao início da flexibilização monetária nos EUA.
Para Collins, a importância de preservar o mercado de trabalho saudável à medida que reduz a inflação é uma das razões pelas quais o momento parece apropriado para começar a flexibilizar. A presidente deu ênfase ainda em uma abordagem “gradual e metódica” para os cortes.
“É importante falar sobre a gama de dados que estamos vendo e que demonstram um mercado de trabalho saudável”, disse Collins, observando que as vagas de emprego diminuíram, a redução nos ganhos mensais está sendo impulsionada por uma desaceleração nas contratações e a taxa de desemprego segue baixa.
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Harker também destaca a importância dos dados apresentarem o desempenho esperado. “Para mim, salvo qualquer surpresa nos dados que receberemos até lá, acho que precisamos iniciar esse processo”, afirmou.
O presidente do BC da Filadélfia disse ainda que o tamanho da redução é menos importante do que o escopo geral, também indicando que “uma abordagem lenta e metódica” é o caminho certo a seguir.
Já Jeff Schmid, de Kansas City — uma das autoridades mais hawkish (favorável a juros altos) — afirmou que está analisando mais de perto a dinâmica por trás do aumento da taxa de desemprego e que deixará que os dados orientem seu apoio ou não a um corte da taxa no próximo mês.
“Vou deixar que os dados mostrem para onde vamos… Concordo com vários de meus pares que talvez seja necessário agir antes que a inflação chegue a 2%, mas acho que a sustentabilidade para 2% é realmente importante”, disse em entrevista à CNBC.
*Com informações da Reuters