Política

Presidentes de 7 partidos formam pacto contra aumento de impostos na reforma tributária

08 jul 2021, 9:03 - atualizado em 08 jul 2021, 9:03
Assinam o documento os presidentes de Cidadania, DEM, MDB, Novo, Podemos, PSDB e PV (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Os presidentes de sete partidos de centro assinaram um acordo para que suas bancadas no Congresso Nacional atuem contra uma eventual elevação dos impostos durante a análise da proposta de reforma tributária enviada ao Legislativo pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Assinam o documento os presidentes de Cidadania, DEM, MDB, Novo, Podemos, PSDB e PV. Os dirigentes partidários também prometem trabalhar juntos para avançar “em uma pauta conjunta, que represente um melhor caminho para o Brasil, diferente dos extremos”, afirma a nota assinada por eles.

“Como um dos pontos de convergência, estabeleceram trabalhar com suas bancadas no Congresso Nacional contra o aumento de impostos no país, que está proposto na reforma tributária encaminhada pelo governo Bolsonaro”, afirma o documento divulgado na noite de quarta-feira.

“Esses partidos trabalharão unidos com o objetivo de impedir o aumento de tributos para o povo brasileiro, prejudicando pequenas empresas e a geração de empregos, principalmente neste momento ainda delicado de pandemia.”

Também na quarta, mais de 100 associações empresariais e entidades assinaram carta direcionada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em que criticaram o que chamaram de pressa na tramitação da reforma tributária, rechaçaram pontos da proposta e argumentaram que o projeto desestimula a atração do investimento produtivo, prejudica a geração de empregos e dificulta o crescimento econômico.

O presidente da Câmara, por sua vez, afirmou também na quarta que a proposta de reforma tributária –com a assinatura do ministro da Economia, Paulo Guedes— não será votada pelos deputados enquanto o texto não estiver maduro.

“É importante dizer que o conceito está indo no caminho certo para corrigir distorções. Não teremos postura arrecadatória”, disse Lira no Twitter. “O Legislativo tem força para debater e fazer as contas. Não votaremos este texto enquanto não estiver maduro e discutido com todas as bancadas.”