Comércio

Presidente do Polo Saara, mercado popular do RJ, estima queda de 95% nas vendas desta semana

20 mar 2020, 13:43 - atualizado em 20 mar 2020, 13:45
varejo rio de janeiro
Muitas das 800 lojas do mercado popular Polo Saara já estão fechadas e os funcionários, em férias coletivas, disse Eduardo Blumberg (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Polo Saara (Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca e Adjacências), tradicional mercado popular no centro do Rio de Janeiro, teve queda de 95% nas vendas esta semana, na estimativa do presidente da associação, Eduardo Blumberg.

Com as medidas determinadas pelo Poder Público de restrição de deslocamento e de isolamento social para conter a epidemia do novo coronavírus (Covid-19), muitas das 800 lojas do mercado popular já estão fechadas e os funcionários, em férias coletivas, disse Blumberg. O Saara gera cerca de 6 mil empregos diretos.

Segundo ele, os impactos para a economia do município e para a manutenção dos empregos são imensuráveis. “Está tudo parado. Essa semana já foi muito ruim para o comércio. As pessoas estão em casa se resguardando, o que é o certo a se fazer”.

De acordo com Blumberg, a partir de amanhã (21), quando haverá a suspensão da circulação dos ônibus da região metropolitana à cidade do Rio, a tendência é que os funcionários não consigam chegar ao trabalho, pois grande parte da mão de obra do Saara vem da Baixada Fluminense.

O presidente do Polo Saara afirmou estar muito preocupado pois acredita que os negócios não vão conseguir reabrir as portas caso as medidas restritivas de circulação de pessoas perdurem por muito tempo. Para Blumberg, o governo deveria ajudar o empresariado com medidas de socorro, como o adiamento do pagamento de impostos.

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Fecomércio RJ

Mais cedo, a Federação do Comércio do Estado do Rio (Fecomércio RJ) informou que os empresários do segmento já observaram uma queda de 50% na demanda, nos últimos sete dias.

Se as restrições permanecerem por 30 dias e as expectativas negativas dos empresários se concretizem, estima-se uma perda de R$ 30 bilhões no mês, na economia do estado do Rio de Janeiro, avalia a federação.