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Presidente do Goldman Sachs vê maior apetite puxado pelo Fed

07 nov 2019, 14:26 - atualizado em 07 nov 2019, 14:26
Bancos Goldman Sachs
Assim como outros grandes bancos, o Goldman Sachs registrou queda das receitas de trading e das comissões de banco de investimento nos primeiros nove meses do ano (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Para o Goldman Sachs, o Federal Reserve está oferecendo estímulos para um fim de ano movimentado.

A carteira de pedidos do banco está “forte”, e a instituição observa mais conversas sobre acordos diante das medidas do banco central que ajudam a estimular os mercados, disse o presidente do Goldman, John Waldron, em entrevista à Bloomberg Television na quinta-feira.

“Na verdade, vemos uma melhora no apetite por risco”, disse Waldron, que era cochefe da unidade de banco de investimento antes de assumir o segundo cargo mais importante da empresa no ano passado.

“O que aconteceu com o Federal Reserve e os bancos centrais ao redor do mundo em termos de injetar mais liquidez no sistema e serem relativamente ‘dovish’ ajudou, principalmente o consumidor americano”.

Assim como outros grandes bancos, o Goldman Sachs registrou queda das receitas de trading e das comissões de banco de investimento nos primeiros nove meses do ano.

Ainda assim, um forte fim de ano pode elevar o volume de fusões e aquisições acima de 2018 e tornar 2019 o mais ativo desde 2015.

Waldron não quis comentar informações de que a Walgreens Boots Alliance estaria avaliando fechar o capital, no que provavelmente seria a maior compra alavancada da história, mas observou que há “enorme liquidez no mercado que poderia sustentar grandes transações”.

“Os mercados estão bem abertos, os níveis de atividade são altos, a atividade estratégica está voltando”, disse Waldron.