Bancos

Presidente do Fed de São Francisco não vê corte de juros em 2023

05 out 2022, 14:18 - atualizado em 05 out 2022, 14:18
Mary Daly
As autoridades monetárias pretendem elevar a taxa básica para “território restritivo” e “depois mantê-la” nesse nível até que a inflação realmente chegue a 2%, disse Daly (Imagem: Reuters/Ann Saphir)

A presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, disse que a expectativa do mercado de cortes da taxa de juros no próximo ano está equivocada, pois o banco central americano pretende manter a política monetária apertada para garantir uma inflação de 2%.

“Não vejo isso acontecendo de forma alguma”, disse Daly nesta quarta-feira, em entrevista a Michael McKee, da Bloomberg Television, quando perguntada sobre a trajetória dos contratos futuros, que indicam aumentos dos juros seguidos de reduções.

As autoridades monetárias pretendem elevar a taxa básica para “território restritivo” e “depois mantê-la” nesse nível até que a inflação realmente chegue a 2%, disse Daly. O Fed vai “manter a rota” até que a tarefa seja concluída, afirmou.

A presidente do Fed de São Francisco já havia demonstrado preocupação em conduzir a economia a uma recessão. Na semana passada, Daly disse que o Fed precisa usar uma “extrema dependência de dados” para andar no estreito caminho que reduza a inflação ao mesmo tempo em que evita causar problemas indevidos na economia.

Daly afirmou nesta quarta-feira que é importante ficar de olho nos deslocamentos financeiros. Mas “não é isso que estou vendo agora”, acrescentou.

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Previsões do Fed

O banco central dos EUA elevou os juros em 0,75 ponto percentual na reunião do mês passado, o terceiro aumento seguido dessa magnitude. Com a decisão, a taxa básica do Fed subiu para um intervalo de 3% a 3,25%, o nível mais alto desde 2008.

Novas projeções divulgadas após a reunião do Fed em setembro mostraram que as autoridades esperam subir os juros em mais 1,25 ponto percentual este ano.

A política monetária mais apertada deve empurrar a taxa de desemprego de 3,7%, para 4,4% até o fim do próximo ano, de acordo com a previsão mediana do Fed.

Powell e outros membros do Fed têm acelerado o ritmo de aperto para trazer a inflação de volta à meta de 2%. Os preços ao consumidor subiram 9,1% em junho, o maior patamar em 40 anos.

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