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Presidente do BC do Japão diz que não há prazo para atingir meta de inflação

02 jun 2023, 9:11 - atualizado em 02 jun 2023, 9:11
Internacional, BOJ, Japão, Kazuo Ueda
“O tempo que leva para o impacto da política monetária aparecer na economia pode mudar muito dependendo das circunstâncias. Portanto, não temos um prazo em mente”, disse Ueda nesta sexta-feira (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central japonês não tem um prazo definido para atingir a meta de inflação de 2% devido à incerteza sobre as perspectivas de preços.

A abordagem de Ueda contrasta com a de seu antecessor Haruhiko Kuroda, que implantou em 2013 um programa massivo de compra de ativos para atingir a inflação de 2% em aproximadamente dois anos.

A meta do Banco do Japão permaneceu indefinida até o ano passado, quando as restrições de oferta e um aumento nos custos das commodities causados pela pandemia e a guerra na Ucrânia elevaram o núcleo da inflação ao consumidor do Japão para perto de 4%.

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“O tempo que leva para o impacto da política monetária aparecer na economia pode mudar muito dependendo das circunstâncias. Portanto, não temos um prazo em mente”, disse Ueda nesta sexta-feira.

“Dito isso, nossa visão básica é que não levará mais de 10 anos. Ainda tentaremos atingir a meta o mais cedo possível”, disse ele ao Parlamento.

Ueda também disse que é prematuro para o banco central discutir detalhes de uma estratégia de saída da política monetária ultrafrouxa, incluindo se e quando a instituição pode começar a vender suas participações em fundos fiduciários imobiliários (REITs).

“Estamos conduzindo as compras (de REITs) como parte de nosso programa de afrouxamento monetário. Dado que levará mais tempo para atingir nossa meta de preço, manteremos a política de afrouxamento”, disse ele, quando questionado por um parlamentar da oposição sobre a possibilidade de vender as participações do Banco do Japão.

Com a inflação excedendo a meta de 2% para um ano, o mercado especula que Ueda eliminará gradualmente o estímulo monetário de Kuroda, que atraiu críticas públicas por distorcer os mercados e esmagar as margens dos bancos.

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