Bancos

Presidente do BC britânico diz que pode reduzir ainda mais o uso de orientação da política monetária

23 nov 2021, 14:59 - atualizado em 23 nov 2021, 14:59
Bailey reiterou não ser fã do tipo de orientação futura (“forward guidance”, em inglês) implementado por seu antecessor, Mark Carney, e que mesmo a atual inclusão de explicações sobre a visão de mundo do BoE pode ser excessiva (Imagem: Tolga Akmen/REUTERS)

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse nesta terça-feira que poderia reduzir ainda mais o uso da ferramenta de orientação (“guidance”) para a política monetária e que o banco central poderia voltar a declarar que as decisões serão tomadas reunião a reunião.

Falando ao Comitê de Assuntos Econômicos da Câmara Alta do Parlamento britânico, Bailey reiterou não ser fã do tipo de orientação futura (“forward guidance”, em inglês) implementado por seu antecessor, Mark Carney, e que mesmo a atual inclusão de explicações sobre a visão de mundo do BoE pode ser excessiva.

“Vamos manter sob revisão o que eu chamaria de limites sobre dar o tipo de sinal que demos há três semanas –que basicamente dizia ‘aqui está nossa visão do mundo… isso é o que se seguirá a partir dela’.”

“Há uma visão alternativa, de que deveríamos ir de reunião em reunião e não dar nenhuma orientação. Isso não está fora da mesa, de forma alguma. Esse é um terreno muito bem trilhado pelo Comitê de Política Monetária e consigo nos imaginar voltando para ele.”

Recentemente, os mercados financeiros interpretaram comentários feitos por Bailey em outubro como sinal de que os juros subiriam neste mês –algo que acabou não se consolidando–, em vez de uma orientação mais genérica de que as taxas estavam caminhando rumo a aumentos.