Presidente do Banco Mundial seria favorita da França para FMI
Kristalina Georgieva, presidente do Banco Mundial, seria a favorita da França para comandar o Fundo Monetário Internacional. A União Europeia busca chegar a um acordo em torno de um único candidato antes do prazo de 6 de setembro, segundo vários representantes europeus a par das negociações.
Uma primeira rodada de negociações conduzida pelo ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, que coordena a busca de um nome para a União Europeia, testou o apoio para cinco candidatos. Esses incluem a ministra da Economia da Espanha, Nadia Calvino, o ministro das Finanças de Portugal, Mario Centeno, o ex-ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, a presidente do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, da Bulgária, e o presidente do Banco da Finlândia, Olli Rehn.
As consultas no fim de semana causaram confusão sobre quais candidatos têm apoio suficiente para liderarem a disputa, destacando o complexo e sensível equilíbrio geográfico e político necessário para chegar a um acordo. Outras consultas estão programadas para segunda e terça-feira, em um esforço para chegar a um consenso até o fim da semana, disse uma fonte.
Na segunda-feira, duas autoridades haviam dito que a lista teria sido reduzida a três nomes, informação que foi negada pelo porta-voz do Ministério das Finanças francês.
Embora a França não tenha expressado abertamente seu apoio a Georgieva – ou a qualquer candidato -, autoridades francesas elogiaram sua indicação, tanto como forma de manter o posto nas mãos de uma mulher como para entregar um cargo de destaque aos novos membros do leste da UE.
O FMI disse em comunicado na semana passada que o processo de inscrição começaria em 29 de julho e terminaria em 6 de setembro. O conselho do Fundo pretende concluir o processo até 4 de outubro.
O FMI procura um substituto para Christine Lagarde, que renunciou este mês para comandar o Banco Central Europeu. Por tradição, o FMI, com sede em Washington, costuma ser liderado por um europeu. O próximo líder deve enfrentar uma economia global com o ritmo de crescimento mais fraco desde o impacto da crise financeira. Na semana passada, o Fundo reduziu ainda mais sua projeção de crescimento global, que já era a menor desde a crise, para 3,2% este ano.