Presidente do banco central da Suécia afirma que o bitcoin não irá escapar da regulação
É improvável que o bitcoin (BTC) e outras criptomoedas permaneçam sem regulações claras, segundo Stefan Ingves, presidente do Riksbank, banco central da Suécia, noticia o Decrypt.
“Quando algo se torna grande o suficiente, coisas, como os interesses do consumidor e a lavagem de dinheiro, entram em cena”, disse ele ontem (31), acrescentando: “então existe um bom motivo para acreditar que a regulação vai acontecer”.
Asa Lindhagen, ministra de Mercados Financeiros da Suécia, afirmou que o governo já está reforçando padrões para corretoras cripto, em “um trabalho em progresso a nível internacional”.
Além disso, ela disse que o risco de lavagem de dinheiro no setor cripto é um “problema muito importante”.
Decrypt relembra a forma como diversas jurisdições visam regular essa indústria. A Austrália, por exemplo, possui uma postura favorável: Jane Hume, ministra de Serviços Financeiros, disse que o país não ficaria no caminho das criptomoedas:
Eu gostaria de esclarecer algo: criptomoedas não são uma moda passageira. É uma classe de ativos que vai crescer em termos de importância.
Se você quiser investir em dogecoin, eu não ficaria no seu caminho. Oportunidade pessoal e responsabilidade pessoal são dois lados de uma mesma moeda.
O Canadá também dá as boas-vindas a cripto, conforme diversos fundos negociados em bolsa (ETFs) de cripto foram aprovados no país. Só em abril, os canadenses passaram a ter acesso a quatro ETFs de bitcoin e quatro ETFs de ether (ETH).
Porém, nem todos os países têm a mesma abordagem. A China é conhecida por reprimir, há anos, qualquer tipo de envolvimento de seus cidadãos com criptomoedas.
A Índia ainda está em cima do muro em relação a esse mercado (ora proibindo, ora suspendendo algum veto), mas visa regulamentá-lo.
Já no Reino Unido, empresas cripto devem relatar dados de crimes financeiros à Autoridade de Conduta Financeira (FCA), além de proibir a negociação de produtos relacionados a cripto para clientes do varejo.
Grande parte desses países acredita que o mercado ainda é muito volátil e arriscado para sua população e sempre relacionam o bitcoin a atividades criminosas, mas esquecem que a moeda mais usada em práticas ilegais ainda continua sendo o dólar.