Presidente da CPI da Covid sugere fazer relatório preliminar do primeiro mês de investigação
O presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), sugeriu nesta quinta-feira que o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), faça um relatório preliminar do primeiro mês de investigação parlamentar.
“Muita gente não se lembra nem do primeiro dia de audiência e, por isso, pedi ao senador Renan Calheiros um apanhado do que foi feito nos primeiros 30 dias de CPI”, disse ele, durante depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Em entrevista coletiva após o depoimento do ex-ministro, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), discordou dessa posição, ao considerar desnecessário um texto preliminar diante do fato de que a comissão deve encerrar seus trabalhos com um relatório final em agosto.
Próximos passos
A CPI vai ouvir na próxima terça-feira o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e no dia seguinte vai realizar uma sessão administrativa para definir novos rumos da investigação parlamentar, com a votação de requerimentos de convocação de autoridades e outras medidas.
Durante dois dias, na quarta e quinta-feiras, a CPI tomou o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, apontado por oposicionistas como um dos principais alvos da comissão que apura a gestão da crise sanitária principalmente pelo governo Jair Bolsonaro.
O depoimento de Pazuello expôs divergência de versões entre ele e outras pessoas que já depuseram na comissão, como o ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo e o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten a respeito de tratativas com o laboratório norte-americano para a compra de vacinas.
Senadores da CPI podem votar, na sessão administrativa da próxima semana, requerimento para realizar uma acareação entre Pazuello e outros depoentes para esclarecer as divergências entre as falas.
A comissão já aprovou a realização de depoimentos de dirigentes do Instituto Butantan, da Fundação Oswaldo Cruz e da União Química –responsáveis por produzir ou representar no país as vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Sputnik V. Mas, diante do atraso no calendário, ainda não definiu quando serão tomadas essas oitivas.