Presidente da Caixa ‘corta as asinhas’ de Lula e descarta programa do governo; entenda
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a leia de recriação do programa Minha Casa, Minha Vida, extinto durante o mandato de Jair Bolsonaro. O plano do governo é contratar mais 2 milhões de moradias pelo programa.
Terão acesso ao programa de moradia as famílias com renda mensal de até R$ 8.000 em áreas urbanas e de até R$ 96 mil em áreas rurais. Além desses dois grupos, Lula já mencionou mais de uma vez o interesse de ampliar o Minha Casa, Minha Vida para famílias de classe média, com renda de até R$ 12 mil.
“Precisamos não apenas fazer o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média”, disse Lula. “O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil. Esse cara também quer ter uma casa. E esse cara quer ter uma casa melhor”, disse Lula durante a estreia do programa “Conversa com o Presidente”.
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No entanto, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, descartou a ampliação da faixa de beneficiários – pelo menos neste ano. Segundo a executiva, os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) são insuficientes para viabilizar a medida em 2023.
“Tínhamos conversado com o presidente, mas isso depende do regramento do FGTS. Eu acredito que neste ano essa possibilidade talvez não ocorra. Mas, para o próximo período, temos que fazer um estudo juntos, logicamente com as possibilidades do FGTS”, disse, segundo informações do canal de notícias BDM.
Conquistar a classe média é um dos principais objetivos políticos do governo petista. A última pesquisa Datafolha feita antes do segundo turno das eleições de 2022 mostrou uma rejeição considerável a Lula entre esse estrato social.
Enquanto Lula tinha 61% de intenção de votos entre os mais pobres, Jair Bolsonaro tinha 39%. No entanto, entre a população que ganha entre dois e cinco salários mínimos, Bolsonaro tinha 55% de intenção de voto, já Lula tinha 45%.