Presidente da Bolívia condena “tentativa de golpe” na Venezuela
O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou, hoje (30), o que classificou como uma “tentativa de golpe de Estado” na Venezuela. Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o mandatário boliviano acusou o governo dos Estados Unidos de estar por trás da instabilidade política no país governado por Nicolás Maduro.
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“Com sua ingerência e promovendo golpes de Estado, os Estados Unidos buscam provocar violência e morte na Venezuela, não importando as perdas humanas, mas apenas seus interesses”, escreveu Morales ao condenar “energicamente” o que classificou como tentativa de golpe “por parte da direita submissa a interesses estrangeiros”.
“Convocamos os governos da América Latina a condenar o golpe de Estado na Venezuela e impedir que a violência cobre vidas de inocentes. Seria um nefasto antecedente deixar que a intromissão golpista se instale na região. O diálogo e a paz deve impor-se sobre o golpe”, acrescentou Morales.
Estados Unidos
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, também se manifestou. Em um comunicado, Pompeo afirmou que, “hoje, o presidente [autoproclamado] interino Juan Guaidó anunciou o início da Operação Liberdade. O governo dos Estados Unidos apoia integralmente o povo da Venezuela em sua busca pela liberdade e pela democracia. A democracia não pode ser derrotada”.
Brasil
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as manifestações, que voltaram a tomar as ruas de Caracas e de outras importantes cidades venezuelanas depois que o presidente da Assembleia Nacional, deputado e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó divulgou uma mensagem em vídeo afirmando ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.
No mesmo vídeo, Guaidó conclama a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo de Maduro.
Em Brasília, uma reunião foi agendada para esta tarde, no Palácio do Planalto, com as participações esperadas do presidente Jair Bolsonaro; do vice-presidente Hamilton Mourão e de ministros.