Internacional

Presidente da Argentina não participar de reunião do Mercosul é bobagem imensa, diz Lula

08 jul 2024, 18:33 - atualizado em 08 jul 2024, 18:33
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Presidente argentino, Javier Milei, preferiu se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro. (REUTERS/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que é uma “bobagem imensa” o presidente de um país importante como a Argentina não comparecer à cúpula do Mercosul realizada no Paraguai, e disse que a situação é triste.

Em entrevista a jornalistas após a cúpula do bloco sul-americano em Assunção, Lula mencionou a importância da Argentina para o Mercosul e afirmou que o povo argentino precisa do bloco.

Em meio a atritos com Lula, o presidente argentino, Javier Milei, preferiu se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina no domingo em vez de participar da reunião do Mercosul nesta segunda-feira.

Mais cedo, o presidente brasileiro reiterou que vê o Mercosul como “plataforma de inserção internacional e de desenvolvimento do Brasil” e criticou a implantação de “estratégias ultraliberais” no continente, além de criticar o “nacionalismo arcaico e isolacionista”.

Em seu discurso na cúpula, Lula alertou que os membros do bloco precisam estar “vigilantes” diante de ameaças às instituições democráticas dos países da região, mencionando a tentativa de golpe de Estado na Bolívia em 26 de junho e o ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília no ano passado.

“A reação unânime ao 26 de junho na Bolívia e ao 8 de janeiro no Brasil demonstram que não há atalhos à democracia em nossa região. Mas é preciso permanecer vigilantes. Falsos democratas tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários”, disse Lula.

O presidente argumentou que o bloco enfrenta uma série de desafios, tanto no nível regional quanto no global, e que os países membros precisam decidir se desejam se integrar ao mundo de forma unida ou dividida. Lula também exaltou a adesão plena da Bolívia ao bloco pelo “enorme valor estratégico”.

*Com informações da Reuters