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Após ‘presente de Natal’ antecipado com dividendos, São Carlos (SCAR3) conta estratégia para 2025

26 nov 2024, 20:00 - atualizado em 26 nov 2024, 20:00
sao carlos - money minds - gustavo mascarenhas - ceo
(Imagem: Reprodução Youtube)

O presente de Natal dos acionistas da São Carlos Empreendimentos e Participações (SCAR3) chegou adiantado. A companhia anunciou no início de novembro a distribuição de dividendos extraordinários no valor de R$ 100 milhões, o equivalente a R$ 1,744967 por ação.

O CEO da São Carlos, Gustavo Mascarenhas, disse em entrevista ao programa Money Minds, do canal do Money Times no Youtube, que o pagamento de dividendos é uma estratégia para remunerar melhor os acionistas e evidenciar ao mercado o valor da companhia.

“Assim, mostramos que, toda vez que realizarmos essas transações, pagaremos as dívidas atreladas aos imóveis, estudaremos a estrutura de capital e buscaremos uma melhor remuneração para nossos acionistas. Essa é uma demonstração de quão ativa está a São Carlos e de quanto nossa equipe está disposta a fazer bons negócios”, afirmou Mascarenhas.

A boa notícia é que os interessados que ainda não são cotistas também têm a oportunidade de garantir uma parte desse benefício, já que todos que tiverem posição comprada até dia 30 de dezembro serão remunerados pela companhia. O pagamento será realizado no dia 2 de janeiro, no primeiro pregão do ano.

A distribuição dos proventos refere-se a uma transação realizada em 2023 envolvendo um fundo imobiliário, que resultou em pagamentos parcelados para a companhia ao longo deste ano. Trata-se da  segunda parcela que os acionistas recebem, sendo que a primeira foi paga em maio. Somadas, as operações representam um dividend yield acima de 15%.

A empresa iniciou um processo de desancoragem em 2023, encerrando o ano com um lucro líquido consolidado de R$ 305,2 milhões, revertendo as perdas de R$ 80,2 milhões registradas em 2022. Esse movimento permitiu à São Carlos realizar uma reciclagem em seus ativos e evidenciar o valor de seus imóveis para o mercado.

Somente neste terceiro trimestre de 2024, a empresa apresentou uma redução da vacância com 13 mil metros quadrados alugados no segmento de escritórios. Já no segmento de varejo da companhia, foram alugados 3 mil metros quadrados no mesmo período enquanto as vendas nas mesmas lojas (SSS) cresceram acima de 8% ano contra ano, superando a inflação.

“Quando analisamos o momento operacional dos nossos ativos, estamos muito otimistas. Nosso foco está no desempenho operacional, que foi destaque do trimestre. Paralelamente, permanecemos atentos a realizar transações imobiliárias, considerando o grande desconto da ação em relação ao valor de avaliação dos ativos do nosso portfólio”, avaliou o executivo.

A São Carlos se apresenta como “uma das principais empresas de investimento e administração de imóveis do Brasil, sendo a maior empresa aberta do segmento de escritórios, líder no setor de centros de conveniência e pioneira no segmento de aluguel residencial para renda”.

A companhia é controlada pelas famílias de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – segundo o site de relações com investidores da companhia, o bloco formado pelos acionistas controladores detém 54,7% das ações da empresa. Outros 42,4% estão em circulação no mercado (free float). O restante encontra-se nas mãos da administração (2,2%) ou em tesouraria (0,59%).