Economia

Prepare o bolso: Conta de água e luz devem ficar mais caras; entenda

24 jan 2024, 10:06 - atualizado em 24 jan 2024, 10:06
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Aneel estima um aumento acima da inflação na conta de luz, enquanto reforma tributária deve pesar no setor de saneamento básico. (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

Os consumidores brasileiros já podem se preparar, porque a expectativa é de que as contas de energia elétrica e água fiquem mais caras.

Segundo projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz deve subir, em média, 5,6% em 2024. Com isso, o valor supera a inflação estimada para o ano, de 3,87%.

Esse reajuste é pressionado pelo aumento da rede de energia no país e encargos setoriais. No ano passado, a Aneel estimou um aumento médio de 6,8%. No entanto, a alta ficou em 5,9%.

O governo, por outro lado, estuda medidas que tentam baratear o preço da energia elétrica. Isso porque um dos custos que incidem sobre a conta de luz da população estão as isenções e condições especiais criadas para o mercado livre de energia.

Segundo informações do UOL, entre as medidas avaliadas está uma Medida Provisória que propõe o remanejamento de recursos para reduzir o impacto do reajuste contratual de energia do Amapá previsto para 2024; além de reduzir a extensão dos benefícios para Geração Distribuída. Também deve ser feita uma revisão dos subsídios embutidos nas contas de luz.

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Reforma tributária deve pressionar conta de água

No caso da água, um eventual aumento no longo prazo está sendo pressionado pela Reforma Tributária, aprovada pelo Congresso no ano passado.

Pelo texto aprovado, o setor de saneamento básico acabou perdendo todas as suas desonerações e alíquota, que até então é de 9,25%, passaria para 27%.

Ainda não está claro de quanto seria o impacto para o consumidor, já que será criada uma lei complementar para determinar os valores exatos de impostos.

Mas um estudo da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon Sindcon) e da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) projeta um aumento médio de 18% na tarifa.